O Palmeiras caiu pela segunda vez para a Segunda Divisão do futebol brasileiro em dez anos, após empatar neste domingo em 1 a 1 com o Flamengo.
A sorte da equipe do Parque Antártica foi selada pouco depois com o empate entre Portuguesa e Grêmio em 2 a 2, em partida da 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A equipe precisava depois de seu empate com o Flamengo que o Grêmio derrotasse a Portuguesa.
O Palmeiras abriu o placar no segundo tempo com gol de Vinícius, mas Vágner Love, que estava há oito jogos sem marcar para o Flamengo, empatou a partida.
“Somos todos culpados. Os trinta, não só os que jogam, os que aparecem, todos os trinta. O corpo técnico também”, declarou o ponta argentino Hernán Barcos.
Faltando duas rodadas para o final do campeonato já conquistado pelo Fluminense na semana passada, o Palmeiras soma 34 pontos e ocupa o antepenúltimo lugar, acima de Figueirense e Atlético Goianiense, já rebaixados.
Com isso, o Palmeiras já não pode alcançar a Portuguesa, que têm 41, e o Bahia, que soma 43.
Lanterna há 12 rodadas, o Atlético-GO, que ocupa o Z-4 desde sua quarta partida no Campeonato Brasileiro, não tem mais chances de evitar a queda para a Série B. Segundo o matemático Oswald de Souza, o time rubro-negro atingiu 100% de risco de rebaixamento após ser goleado pelo Botafogo por 4 a 0. Assim, a cinco jogos do fim da competição, o time goiano confirma o retorno à Segunda Divisão após dois anos seguidos na elite do futebol nacional.
– A chance de o Atlético-GO não ser rebaixado é matematicamente desprezível – explicou Oswald.
Além da força dos números, o Dragão ainda terá duelos difíceis pela frente, diante de Corinthians, Santos, Atlético-MG, Palmeiras e Bahia.
Quem também está com os dois pés praticamente na Série B é o Figueirense. Após o empate sem gols com a Portuguesa, o time viu o risco chegar a 99%.
Em seguida aparece o Sport, que, apesar de abrir a zona perigosa, com 33 pontos, um a mais do que o Palmeiras, tem maior risco de ser rebaixado. De acordo com os cálculos do matemático, que levam em consideração os próximos jogos e combinações de resultados, o time pernambucano aparece com 88%.
A chance de reabaixamento do Palmeiras também é muito grande, mesmo com um jogo sub judice. Considerando a derrota nessa partida, as chances de o Verdão disputar a Série B no ano em que voltará para a Libertadores são de 85%.
A salvação de Sport e Palmeiras pode estar no Bahia. Em 16º lugar com 37 pontos, quatro acima da zona de rebaixamento, o Tricolor aparece com 20% de risco nas contas de Oswald de Souza. O time ainda joga contra Portuguesa e Cruzeiro fora, Ponte Preta e Náutico em casa e fecha o Brasileirão contra o rebaixado Atlético-GO no Serra Dourada.
Em muitas culturas, o número 13 possui um significado sombrio. Para os supersticiosos costuma ser visto como indício de azar. No futebol, porém, há quem o considere justamente o contrário, um símbolo de sorte. É o caso de Zagallo, ex-técnico da seleção brasileira, que sempre gostou de mencioná-lo em suas conquistas. Na reta final do Brasileirão, 13 é justamente o número de jogos que separam sete times do abismo do rebaixamento ou da permanência na Série A. São eles: Atlético-PR, Coritiba, Náutico, Santo André, Botafogo, Sport e Fluminense.
SETE TIMES MAIS AMEAÇADOS PELO REBAIXAMENTO
14º. Atlético-PR: É o melhor colocado entre os sete times, com seis pontos a mais do que o primeiro time na zona de rebaixamento. Mas é bom abrir o olho também. Fará seis jogos em casa e sete fora. Pela frente, quatro adversários diretos (dois em casa e dois fora) e três que estão no G-4 (um em casa e dois fora). Todo cuidado é pouco.
15º. Coritiba: Apesar da derrota recente para o Flamengo por 3 a 0 e de estar a apenas dois pontos da zona de rebaixamento, parece ter o caminho menos complicado. Fará sete jogos em casa e seis fora. Enfrentará cinco rivais diretos (três em casa e dois fora) e apenas dois adversário do G-4 (um em casa e um fora).
16º. Náutico: Está a um ponto da zona de rebaixamento e terá uma situação mais tensa pela frente. Fará sete jogos fora e seis em casa. A complicação está no fato de que, dos quatro adversários diretos que enfrentará, três serão fora de casa. Ainda encara três times que estão no G-4 (dois em casa e um fora).
17º. Santo André: Primeiro da zona da degola, também não terá vida fácil pela frente. Terá sete jogos fora e seis em casa. Dos quatro adversários diretos na luta contra a queda, dois serão encarados em casa e dois fora. Além disso, terá que enfrentar três gigantes do G-4, um em casa e outros dois fora de seus domínios.
18º. Botafogo: O Alvinegro terá trabalho para evitar a degola. Mas fará oito jogos em casa e apenas cinco fora. O problema é que terá pela frente os quatro times que estão no G-4 (dois em casa e dois fora). Enfrentará três adversários diretos, sendo dois jogos em casa e um fora. Na lista, também um clássico complicado contra o Flamengo, marcado para o Engenhão.
19º. Sport: O caminho rubro-negro não é muito diferente do botafoguense. Fará sete partidas em casa e seis fora. Enfrentará quatro adversários do G-4 (três fora e um em casa). A pequena vantagem é que terá quatro rivais diretos pela frente, sendo três destas partidas na Ilha do Retiro.
20º. Fluminense: Se serve de consolo para o Tricolor, o trajeto até a última rodada não é tão ruim como o de alguns rivais. Oito partidas serão disputadas no Maracanã (incluindo o clássico contra o Flamengo) e cinco fora. Pegará quatro adversários diretos (dois em casa e dois fora) e três times que estão no G-4 (dois em casa e um fora).
Tentando evitar o rebaixamento para a Série B em 2010, a diretoria do Fluminense prometeu um prêmio de R$ 1 milhão para seus jogadores. Há pouco tempo um sócio do clube chegou a oferecer dinheiro do próprio bolso para incentivar a equipe, mas a ideia não foi aceita pela diretoria. Agora, a informação que circula nas Laranjeiras é a de que o dinheiro viria do patrocinador, a Unimed.
A proposta foi apresentada aos jogadores durante a estada da delegação em Mangaratiba e seria paga a cada vitória do Fluminense no Brasileirão, a fim de manter os jogadores motivados. Caso o Tricolor alcance o número de triunfos necessários para evitar a queda, o montante chegaria a R$ 1 milhão. Ou seja, cada vitória significa cerca de R$ 100 mil para serem divididos entre todos .
Vale lembrar que se os salários pagos pelo Fluminense estão atrasados há dois meses, os vencimentos pagos pela patrocinadora, e que representam uma grande parcela do total ganho pelos jogadores, estão em dia. Recentemente, a comissão técnica de Cuca também recebeu a promessa de um prêmio em dinheiro caso o Tricolor siga na Primeira Divisão em 2010. Especula-se que o valor seria de R$ 800 mil.
Como se pode observar, o Vasco voltou para a zona de rebaixamento depois da goleada do Náutico sobre o Cruzeiro, no Recife. Os vascaínos têm 60% de possibilidades para deixar a Série A.
A Portuguesa, derrotada pelo Fluminense, no Maracanã, aumentou seu risco para 80%, enquanto que o Figueirense, com 83%, praticamente já está na Série B.
Com relação ao Ipatinga, mesmo depois da vitória por 3 x 0 contra o Sport, na rodada de sábado, é o clube com maiores chances de ser rebaixado para a segunda divisão. Todos os cálculos são do matemático Tristão Garcia.