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STJD dá a John Textor três dias para entregar provas de suposta corrupção na arbitragem brasileira
   10 de março de 2024   │     17:00  │  0

John Textor diz ter áudio que pode comprovar corrupção na arbitragem brasileiraJohn Textor diz ter áudio que pode comprovar corrupção na arbitragem brasileira — (Foto: Reprodução)

Inquérito para apurar denúncia do dono da SAF do Botafogo foi aberto pelo órgão.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) comunicou a instauração do inquérito para investigar a denúncia de corrupção na arbitragem brasileira feita por John Textor, dono da SAF do Botafogo. Com a abertura do processo, ficou determinado também que o americano tem três dias para apresentar as provas que alega ter.

Isso significa que Textor tem até a próxima quarta-feira para entregar os áudios que, segundo ele, expõem árbitros reclamando do não pagamento de propina para manipular partidas. Se não cumprir o prazo, o dono da SAF do Botafogo pode ser indiciado no artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala em “deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão”.

Neste caso, a punição vai de multa até suspensão. Textor ficaria proibido de entrar nos estádios em que o Botafogo estiver atuando, além de frequentar o CT, de 90 a 360 dias. Já a multa seria de R$ 100 mil.

“Em referência a solicitação de ABERTURA DE INQUÉRITO interposta pela PROCURADORIA DA JUSTIÇA DESPORTIVA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL – STJD DEFIRO seu pedido de forma a intimar o Sr. John Textor, para que, no prazo de 3 (três) dias, entregue todos os documentos que alega possuir ter referente aos “juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas”, sob pena de aplicação do artigo 223 “caput” e seu parágrafo único do CBJD, ou seja, em caso de descumprimento, seja o Sr. John Textor suspenso automaticamente até que cumpra a decisão, além da suspensão por 90 a 360 dias, e na reincidência eliminação”, diz o despacho do presidente do STJD José Perdiz.

A fala em que Textor diz ter provas de corrupção na arbitragem brasileira foi dita após o jogo contra o RB Bragantino, na última quarta, no Nilton Santos. Ele prometeu que, “nos próximos 30 dias”, os torcedores saberão “o que realmente aconteceu no Campeonato Brasileiro”.

— Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós assistirmos. Não pode ser assim. Não vamos ganhar campeonatos assim. E os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas eu não vou divulgar isso na imprensa. É irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros — afirmou Textor, prosseguindo:

— Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo. Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas.

 

Arivaldo Maia com Redação do ge – Rio de Janeiro

Sem jogos da Série A considerados suspeitos por empresa de monitoramento, CBF alfineta ação do Botafogo na Justiça em 2023
   9 de março de 2024   │     12:00  │  0

John Textor, dono da SAF do Botafogo, contestou jogos do Campeonato Brasileiro em 2023John Textor, dono da SAF do Botafogo, contestou jogos do Campeonato Brasileiro em 2023 — (Foto: Reprodução)

Em 2023, estudo contratado por John Textor apontou uma série de irregularidades que teriam prejudicado seu time.

De 9 mil partidas em solo brasileiro, 109 tiveram movimentações consideradas suspeitas. O dado é da empresa de monitoramento Sportradar, contratada pela CBF desde 2018 para tentar identificar indícios de manipulação de jogos ligados a apostas esportivas.

Os confrontos analisados são válidos por torneios nacionais e regionais. Dos 109 pegos no radar da empresa, 15 são de competições geridas pela própria CBF: um pela série B do Brasileiro, 13 pela série D e um pela Copa Verde. Já entre os campeonatos que não tiveram nenhum confronto colocado sob suspeita estão a Série A e a Copa do Brasil.

Em nota, a CBF aproveitou esta ausência de suspeitas sobre os jogos da Série A para responder o Botafogo. No ano passado, um levantamento contratado por John Textor, dono da SAF alvinegra, apontou irregularidades na arbitragem em uma série de partidas do campeonato. O “placar real” dos confrontos, diz o estudo, faria o clube carioca voltar a assumir a liderança perdida pelo Palmeiras.

Arivaldo Maia com Redação do EXTRA — Rio de Janeiro

 

Leila diz que Belmonte é persona non grata no Palmeiras e critica São Paulo: “Ataque histérico”
     │     3:00  │  0

Leila Pereira, do Palmeiras, em entrevista ao ge — Foto: Reprodução

Leila Pereira, do Palmeiras, em entrevista ao ge — (Foto: Reprodução)

Em entrevista ao ge, presidente do Verdão afirma que xenofobia contra Abel Ferreira após o empate no clássico do último domingo foi causada por inveja; Casares responde.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, se pronunciou pela primeira vez, nesta terça-feira, sobre a confusão e as ofensas de membros da diretoria do São Paulo após o empate em 1 a 1 no Morumbi, no último domingo, no Morumbi, pelo Paulistão.

Em entrevista ao ge, a dirigente relatou sua revolta com os acontecimentos e afirmou que estuda com seus advogados se é possível proibir a entrada do diretor de futebol do Tricolor, Carlos Belmonte, em partidas do Palmeiras como mandante.

– Vi o vídeo horrível do senhor Carlos Belmonte xingando o nosso treinador e acho que tudo na vida a gente tem que refletir primeiro antes de falar. Por isso que estou aqui hoje, com a cabeça fria, dizendo que espero que as autoridades tenham uma atitude exemplar, punindo o Belmonte para que isso não aconteça novamente. Vou conversar com meus advogados que eu gostaria até que ele não fosse mais no Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes. Temos que coibir essa violência insana, e nós como dirigentes temos que ser os primeiros a levantar essa bandeira – afirmou Leila Pereira.

– Aquilo é inadmissível e eu só acredito que conseguimos coibir esse tipo de violência com punição, e tem que começar pelos dirigentes. Eles querem jogar para a torcida deles, para ficar bonito com o torcedor, só que o São Paulo não joga sozinho. Acaba incitando uma violência com os outros clubes, que o torcedor comum não tem culpa. Estamos muito revoltados e não vou admitir que alguém agrida fisicamente ou verbalmente qualquer um dos nossos profissionais – acrescentou.

O último episódio entre os clubes coloca um ponto final em uma tentativa de aproximação promovida no ano passado por Leila Pereira e Julio Casares, presidente do São Paulo. Os cartolas apareceram inúmeras vezes em público para promover a paz entre as instituições e até fizeram a troca de estádios.

Em duas ocasiões em 2023, o Palmeiras mandou jogos no Morumbi, enquanto o São Paulo utilizou o Allianz Parque nas quartas de final do Paulistão. A rivalidade dentro de campo se aflorou com disputas em mata-mata e, segundo Leila, se transformou institucional por parte do Tricolor paulista.

– A rivalidade é só dentro de campo, ou deveria ser. Com todos os outros clubes a rivalidade é dentro de campo e não pode deixar que isso transborde para fora porque é perigoso. Fora de campo tem que existir o respeito. Da minha parte, a rivalidade continua dentro de campo. Eu tenho profundo respeito por todo torcedor, todos os jogos que vou no Morumbi, torcedores do São Paulo me param pra tirar foto – comentou a presidente.

– Futebol é entretenimento, uma atividade familiar. Tem que começar por nós coibir esse tipo criminoso de rivalidade. Como se coíbe? Respeitando o seu adversário, não dando esse ataque histérico que o São Paulo deu. O dirigente que fala uma coisa e age de outra forma. Você fica bem com a torcida conquistando títulos, pagando as contas em dia, tendo atletas respeitando porque honra os compromissos. Não existe mais no século 21, não cabe mais os cartolas do passado que gritavam, batiam na mesa. Isso não existe mais – acrescentou.

Em nota divulgada pelo clube na última segunda-feira, o Palmeiras afirmou que os ataques a Abel Ferreira foram xenófobos e “palavras baixas”. Leila acredita que houve inveja por parte do São Paulo.

Arivaldo Maia. Camila Alves, Eduardo Rodrigues, Felipe Brisolla e Thiago Ferri  – Redação do ge – São Paulo.

 

 

Ex-presidente e ex-dirigente do Inter são condenados à prisão e ressarcimento
     │     1:00  │  0

Vitorio Píffero e Pedro Afatato foram condenados à prisão por irregularidades no clube entre os anos de 2015 e 2016.

O ex-presidente do Inter, Vitorio Píffero, e o ex-vice de finanças do clube, Pedro Afatato, foram condenados à prisão por irregularidades no clube entre os anos de 2015 e 2016.

Píffero e Afatato foram julgador pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

A pena de Píffero é de 10 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelos crimes de estelionato e organização criminosa.

Afatato foi condenado a 19 anos e oito meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de estelionado, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Ambos ainda foram punidos com multa. A reportagem teve acesso à sentença proferida na última segunda-feira (4). A dupla pode recorrer da decisão em liberdade.

Além deles, outras três pessoas foram condenadas na mesma sentença. Todos terão que ressarcir o clube com os valores obtidos irregularmente no período. O valor passa de R$ 10 milhões.

A decisão decorre da ‘Operação Rebote’ do Ministério Público, que apura desvios dos cofres do Inter principalmente durante a realização de obras no Complexo Beira-Rio.

Em contato com a reportagem, a defesa de Pedro Afatato informou que “irá recorrer, pois a e sentença é excessiva tanto na pena, quanto na condenação. As demais manifestações ocorrerão nos autos do processo”.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Vitorio Píffero, que ainda não respondeu. O texto será atualizado assim que uma manifestação ocorrer.

Arivaldo Maia com UOL/FOLHAPRESS

 

 

Ex-motorista da Federação Amapaense denuncia presidente por agressão e desvio de verba
   8 de março de 2024   │     1:00  │  0

motorista faf ednaldo netto goesd amapaenseJosé Augusto (motorista), Ednaldo Rodrigues (presidente da CBF) e Netto Góes (presidente da FAF) – (Foto: Divulgação)

José Augusto Silva da Luz fez a denúncia contra Roberto e Netto Góes na semana passada, em cartório de Macapá.

José Augusto Silva da Luz, ex-motorista da Federação Amapaense de Futebol (FAF), fez denúncias graves na segunda-feira da semana passada (26/02), em cartório da capital Macapá-AP, contra o presidente da entidade, Roberto Góes, e também contra o vice, Netto Góes, apontando desvio de verbas com suspeita de utilização na campanha de Roberto para deputado estadual.

Os documentos incluem ainda denúncia de agressão física contra Netto, filho de Roberto, que está respondendo como presidente enquanto o pai se encontra afastado do cargo na FAF. José Augusto também revelou que sofreu tentativa de compra do silêncio.

O Ministério Público Eleitoral, bem como o MP Estadual e Federal, serão acionados. Há suspeitas de um grande esquema dentro da federação envolvendo funcionários e diretoria, além de presidentes de clubes profissionais e amadores que trabalharam na campanha do deputado em troca de verbas.

Supostamente, alguns funcionários eram obrigados a destrocar cheques nominais e devolver o dinheiro para o presidente da federação, Netto, ou para o tesoureiro. Conforme a denúncia, eles destrocavam os cheques no banco, na ‘boca’ do caixa e em dinheiro, e depois entregavam. Isso seria utilizado na campanha eleitoral.

Existem provas divulgadas pela Agência Futebol Interior, Cartórios e Polícia de Macapá.

Arivaldo Maia com matéria da Agência Futebol Interior