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Tite em coletiva da Seleção na véspera do jogo contra a Suíça — (Foto: Bruno Cassucci/ge)
Tite, vai escalar quem na lateral-direita?
– A definição da equipe já foi feita, mas tenho por hábito, de agora (risos), passar na hora do jogo. Em termos estratégicos você consegue fazer algumas mudanças comportamentais ou de características de atletas. O Militão já jogou nessa função, tem característica para tal, e o Dani é um construtor, fora a qualidade técnica e de liderança que tem. Moral da história? Não vou dizer quem vai jogar.
Tite brinca com Marquinhos, que respondeu uma pergunta em francês: “Não falou nada do comportamento tático nosso, né? (risos)”
– A gente vai seguir trabalhando, jogo a jogo, esperando ele a cada partida. Não sei se já tem prazo de volta, mas acho que é mais trabalhando com a cabeça boa, trabalhando na fisioterapia, que vamos esperando ele jogo a jogo. Não só ele, como também o Danilo, um jogador importante para nós. Estão fazendo o máximo para estar de volta.
Como está o Neymar, Marquinhos?
– Na hora, no momento, até digerir tudo, é uma situação delicada e difícil. No momento pós-partida eu o vi triste. Acho que é normal, por tudo aquilo que ele sonhava, a vontade que tinha, e agora estar sofrendo uma lesão. Hoje, após exames, tratamento, ele está dormindo na fisioterapia, fazendo 24 horas por dia, isso mostra o quanto ele quer estar de volta com a gente. Não sabemos quando, mas esperamos o mais rápido possível para ele estar bem, com saúde mental e física também. Mas hoje eu o vejo muito melhor. É importante estar com a cabeça boa no momento de uma lesão, influencia muito na recuperação. Eu vejo ele muito bem e confiante na volta dele, isso é muito bom para ajudar na questão do retorno dele. Ele está muito focado. Está dormindo na fisioterapia, 24 horas por dia para que possa estar de volta.
O que pensa da seleção da Suíça, Marquinhos?
– Será uma partida especial, que pode valer a classificação, contra uma equipe muito difícil.
Como vê seu crescimento na Seleção, Marquinhos?
– Hoje me sinto muito mais experiente, confortável, com todos os momentos que vivi na Seleção. É parte do processo. Processo que leva a uma Copa do Mundo com mais experiência, você processa as coisas melhor, entende melhor. E para uma posição como a minha, essa tal de experiência é importante. Hoje tenho clareza de entender isso. Hoje estou à disposição da Seleção, sempre estive, estou vivendo um sonho. O objetivo e o foco é esse, trazer a experiência do processo de ter chego até aqui e colocar tudo isso em prática para buscarmos o nosso sonho.
Cristiano Ronaldo e Messi estão na última Copa. Consegue prestigiar isso, Marquinhos?
– Eles são o privilégio do futebol. Todos que gostam do futebol, que amam a competição, tudo que o mundo do futebol envolve, eles são coisas muito maiores do que simplesmente pertencer apenas aos países deles. É uma coisa do futebol que traz muito mais do que isso. Todos nós saboreamos, podemos aproveitar enquanto eles estiverem dentro de campo. No clube, com o Messi, com Neymar, aproveito bastante. A gente quer apenas aproveitar o máximo de tudo que podem oferecer para nós no futebol, quanto ao espetáculo. Mas a vida segue, temos que saber que outras gerações vão vir, outros grandes jogadores também vão vir, vamos aproveitar o máximo. Temos que seguir trabalhando, buscando novos jogadores e objetivos, é isso que o futebol vai sempre fazer.
Como tá a confiança do grupo sem o Neymar?
– Confiança 100%. Eu acho que é inevitável, queríamos ter o Neymar e o Danilo. Em uma Copa, o professor está aqui e pode falar, ele queria ter os 26 jogadores disponíveis. Mas estamos confiantes e estamos prontos para mostrar que o grupo é forte, que o grupo está bem treinado e pronto para qualquer divergência que tivermos na Copa. Em Copa, nem sempre o time que começa é o time que vai terminar. Por lesão, por um estar melhor que o outro, então todos ali tem o seu papel importante. Creio que no último jogo já vimos a importância daqueles que entram no segundo tempo. Os que começam jogando têm seu papel importante, mas os que não começam também. Em momento de lesão, como essa, aqueles que entrarem têm que estar prontos e bem para este momento. Creio eu que com o talento e grupo que temos vamos manter o nível, finalizou o atleta do Brasil.
Marquinhos, ontem, em entrevista coletiva no Catar – Foto: Stefano Guidi e CNN)
Arivaldo Maia com Redação do ge – Doha – Catar
