Fisiologista do CSA comenta desgaste na reta final de temporada: “Atleta não é robô”
   31 de outubro de 2022   │     21:00  │  0

Cleber Queiroga falou sobre desgaste dos atletas no fim da temporada — Foto: Augusto Oliveira/CSA

Cleber Queiroga falou sobre desgaste dos atletas no fim da temporada — (Foto: Augusto Oliveira/CSA)

Cleber Queiroga também atualiza situação de jogadores em tratamento médico.

O CSA encerra a temporada 2022 no dia 6 de novembro, quando entra em campo para enfrentar o Cruzeiro, na última rodada da Série B. Em preparação para o jogo mais importante do ano, o fisiologista Cleber Queiroga comentou como está o nível de desgaste dos jogadores azulinos.

– A situação preocupa porque na reta final da temporada o desgaste é muito grande. Alguns jogadores com a sequência de jogos muito grande, com mais de 30 jogos só na Série B, e a gente fez agora, se não me engano, 62 jogos, então isso é uma preocupação grande porque o atleta não é um robô. Ele sente e a gente tem essa preocupação realmente para que ele possa treinar, descansar, recuperar e jogar. Então, para que a gente pudesse ter todo mundo disponível, a atenção tem que ser redobrada e a preocupação também – explicou Cleber, em entrevista aos repórteres Andréa Resende, do Sportv, e Warner Oliveira, da Rádio Gazeta.

Queiroga disse como trabalha como jogadores que têm a idade mais avançada.

– A gente fez um mapeamento dos atletas que têm uma recuperação mais lenta. Alguns atletas que têm a idade mais avançada, eles naturalmente também tem uma recuperação mais lenta. Outros, mesmo com a idade avançada, têm uma excelente recuperação, a exemplo do Diego Renan. É um atleta que mesmo acima dos 30, tem uma excelente recuperação – destacou o fisiologista, explicando como o mapeamento é feito entre os departamentos do clube.

– E, dentro de um mapeamento, a gente vai controlando também isso pra que a gente individualize. E aí, em relação a esses atletas que têm uma recuperação mais lenta, a gente tem sempre um cuidado especial. Muitas vezes, tem até que segurar de alguns treinos, avaliando CK, e fazendo com que todos cheguem numa condição de recarregar a bateria completamente, porque eles saem do jogo, descarregam completamente a bateria e aí aqueles que demoram um pouco mais pra carregar a gente têm uma atenção maior.

Cleber Queiroga também falou sobre o trabalho de integração com a fisioterapia para obter os melhores resultados dos atletas.

– É um trabalho bem integrado, a gente sempre conversa, alinha os protocolos que têm que ser feitos… A gente espera ainda continuar com esses atletas, a gente sabe que cada atleta tem uma situação diferente, mas cada atleta tem agora um pouco mais de dias pra tentar recuperar eles e tentar colocá-los em situação de estarem aptos pro jogo. A gente sabe também que não é fácil porque depende da evolução deles durante esses dias, é uma resposta individualizada e a gente espera que eles consigam.

O fisiologista ainda apresentou detalhes da recuperação do zagueiro Werley e dos atacantes Rogério e Lucas Barcelos.

– O Lucas Barcelos está na transição, o Rogério já começou também um pouco da academia. O Werley que ainda está no departamento médico, mas os demais a gente espera contar com eles.

Arivaldo Maia com apoio da Redação do ge – Alagoas