Após reuniões e com novo CEO, Superliga Europeia de clubes é ‘marcada’ para 2024
   20 de outubro de 2022   │     17:00  │  0

Superliga tem multa para saída e previa pagamentos adicionais a Real e BarçaSuperliga tem multa para saída e previa pagamentos adicionais a Real e Barça – (Foto: REUTERS/DADO RUVIC/ILLUSTRATION)

Projeto polêmico de grandes clubes europeus, a Superliga Europeia de clubes voltou à tona. Com um novo CEO, anunciado ontem (18), Brett Reichart, a A22, empresa criada para gerir a competição, a liga já tem uma data marcada: a temporada 2024/25, justamente quando a UEFA pretende modernizar a Liga dos Campeões.

– É uma data razoável. Vamos ter um novo formato. Acredito num diálogo ativo e alargado para criar um modelo desportivo sustentável para o futebol europeu. Queremos chegar às partes interessadas na comunidade do futebol europeu e ampliar esta visão. Até os fãs terão muita simpatia pela ideia. O formato nunca será um obstáculo – afirmou Reichart ao “Financial Times”.

A principal mudança para obter apoios e se popularizar é abrir o torneio para todos os clubes. Se antes a ideia era uma liga fechada de grandes clubes, agora, as equipes querem disputar o espaço da Liga dos Campeões, e afirmam que qualquer um poderá jogar a Superliga.

– Queremos desenvolver o novo formato em diálogo com os torcedores, os clubes e todos os apaixonados por futebol. Uma coisa é certa: deve haver uma competição aberta com classificações esportivas como promoção e rebaixamento. Todos os clubes europeus devem poder se classificar, do Legia Varsóvia ao Real Madrid – declarou o CEO ao alemão “Bild”.

Para isso, a Superliga topou apostar em uma mudança no modelo de negócios.

– Há uma reavaliação do projeto. Há um movimento claramente declarado em direção a um formato aberto e a adesão permanente fora da mesa. Queremos ver se existe ou não um consenso mais amplo sobre os problemas que o futebol europeu enfrenta. A maioria dos clubes está no vermelho. Há um consenso entre muitas equipes de que as coisas não podem continuar assim – declarou.

Com muitos clubes endivididados, principalmente entre os gigantes, e a imposição de regras mais duras de fair-play financeiro pela UEFA, os dirigentes desejam uma mudança para tornar a disputa mais atrativa e popular entre os torcedores.

– Nosso objetivo é conversar com os clubes sobre uma competição mais atrativa, mais divertida, mais emocionante, mais justa e mais barata. Caso contrário, o futebol perderá sua posição de liderança no esporte e perderá cada vez mais jovens fãs. É aí que os números da audiência da televisão falam uma linguagem clara – finalizou Reichart.

Os espanhois Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid são os principais incentivadores da Superliga Europeia, que tem também o apoio de grandes equipes da Inglaterra, da Itália e do Paris Saint-Germain.

Arivaldo Maia com Redação do EXTRA