Treinador ainda mostrou ressentimento pelas críticas recebidas por parte da torcida nas últimas semanas de trabalho.
O técnico do Botafogo, Luís Castro, fez, na manhã desta sexta-feira, duras críticas ao Espaço Lonier, o centro de treinamentos do clube atualmente. Em entrevista coletiva, o treinador afirmou que o piso duro tem causado problemas físicos nos jogadores, comparando o local a um estacionamento.
– No lado prático, tem um CT com um piso duríssimo que é bom para estacionar carro, mas que temos que treinar lá mas que causa muitos problemas devido à dureza do piso. Não temos um CT com as condições mínimas para o dia a dia – reclamou.
A equipe treina usualmente no campo anexo do Estádio Nilton Santos, mas fará atividades pontuais no centro de treinamentos. O local anterior passou por reformas. O clube chegou a buscar outras alternativas, mas não conseguiu. Como o Lonier fica na zona oeste do Rio de janeiro, o distanciamento dos setores também é um problema, já que a estrutura já existente no Niltão é muito longe.
– Temos uma academia longe de nós e que quero ter mais perto. Tenho consciência que o mercado não vai dar sempre o que teremos. É uma organização e estrutura que queremos mais perto mas andam tão distantes. Não conhecemos os líderes dos departamentos em dois meses porque não temos estrutura. É isso que deve preocupar o projeto. Quero muito atingir tudo o que o Botafogo quer, mas faltam muitas condições práticas para chegar a isso e as pessoas precisam ter consciência disso.
O português também demonstrou certa mágoa com os xingamentos recebidos pela torcida durante a sequência de resultados ruins. Agora, o Botafogo vem de vitórias sobre São Paulo e Internacional. Após a virada épica no Beira-Rio, os alvinegros foram ao aeroporto receber o time com festa.
– Torcedores nunca me assustaram. Nem pelo bem nem pelo mal. A chegada (ao aeroporto) foi depois de alguns dias depois de me mandarem tomar no *, o estádio todo. Quer uma situação quer outra, não me esqueço nada. O dia que me mandaram tomar no c* nem a forma como me receberam. Nos faz pensar o futebol e o que representamos para as pessoas – considerou.