Análise: no brilho de Hulk, Atlético-MG abre vantagem sobre o Flamengo, mas desperdiça nocaute
   24 de junho de 2022   │     15:00  │  0

Hulk no momento em que chuta a bola para o gol do Atlético-MG no Flamengo — Foto: Atlético-MG

Hulk no momento em que chuta a bola para o gol do Atlético-MG no Flamengo — (Foto: Atlético-MG)

Diante mais de 53 mil pessoas no Mineirão, Galo abriu 2 a 0 e teve chance de encaminhar a vaga às quartas da Copa do Brasil, mas gol dá sobrevida ao rival.

Tite tinha seu representante no Mineirão na última quarta-feira. Mandou o auxiliar Cleber Xavier ao Gigante para o segundo Atlético-MG x Flamengo em um intervalo de três dias. Talvez com a missão principal de analisar Arana, mas in loco, o assistente viu mesmo foi Givanildo. Hulk em noite de Hulk. Decisivo na vitória por 2 a 1, na primeira metade das oitavas da Copa do Brasil. Digno de Copa? Só Tite sabe.

Em terra de artilheiro, três jogos sem marcar parecem eternidade. Hulk vivia seu maior “jejum” de gols desde novembro de 2021. Explicou depois do jogo um dos motivos da anomalia. Há duas semanas, não está 100% e vem convivendo com dores no pé. Percalços de todo herói. Nada perto de o tirar da batalha.

E Hulk já está no Galo há tempo suficiente para entender o atleticanismo. Não importa a competição, o momento ou ocasião. Para seu torcedor, enfrentar o Flamengo será sempre batalha. Há mágoas inapagáveis neste clássico. Para combatê-las, é preciso “lutar” – não à toa foi esta a palavra escolhida para o mosaico que iluminou e incendiou o Mineirão na entrada dos rivais a campo.

Por isso, talvez quase tanto quanto o gol que inaugurou o marcador, o atleticano foi ao delírio com um carrinho de seu grande herói na lateral do campo defensivo, no meio do segundo tempo. Uma amostra do todo, em uma noite de tudo. Gol, assistência, dribles, arrancadas, vontade. Intensidade.

Desta vez, a impressão e sensação eram de decibéis ainda mais altos. Talvez pela noite, talvez pela festa. Mais de 50 mil vozes em tom absolutamente ensurdecedor. Uníssono. Por quase 90 minutos, incansável.

Até – e talvez principalmente – nos momentos em que o Flamengo esteve superior no jogo. E não foram raros. Comparado à última apresentação, outra equipe. Mais disposta, mais inteligente, melhor postada taticamente. Muito mais interessada em estragar a festa alvinegra.

O 2 a 1 não foi um resultado ruim, mas claro que poderia ter sido melhor. Vantagem mínima também é vantagem, mas não dá ao Galo o direito da tranquilidade no Maracanã. A volta promete tensão. E aliás, quem sabe isso não seja positivo. Turco e elenco já mostraram que reagem melhor sob pressão do que na comodidade. Anote no seu calendário: dia 13 de julho; mais uma final vem aí.

Arivaldo Maia com Marcelo Cardoso – Redação do ge –  Belo Horizonte