Clubes, FPF, judiciário e polícia terão reunião para traçar ações contra violência no futebol de PE
   21 de maio de 2022   │     23:30  │  0

 

Confusão nas arquibancadas da Ilha do Retiro em Sport x Corinthians, pela Copa do Brasil sub-17 — Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

Confusão nas arquibancadas da Ilha do Retiro em Sport x Corinthians, pela Copa do Brasil sub-17 — (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)

De acordo com promotor do Juizado do Torcedor, José Bispo, no momento está ocorrendo um “desencontro” entre os agentes responsáveis pela segurança em dias de jogos em Pernambuco.

Após os casos mais recentes de violência nos estádios de Pernambuco, uma reunião envolvendo dirigentes de Sport, Náutico e Santa Cruz, Federação Pernambucana de Futebol, além de integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público deverá acontecer na próxima semana para traçar novas estratégias de combate aos tumultos provocados pelas principais facções organizadas do estado. A informação foi repassada ao ge pelo promotor do Juizado do Torcedor, José Bispo, na últikma sexta-feira.

De acordo com o promotor, a intenção do encontro é coordenar as ações e a responsabilidade de cada agente responsável pela segurança em dia de jogos. Segundo José Bispo, tanto no caso das agressões de membros de uma uniformizada do Sport a torcedores do Corinthians em jogo da Copa do Brasil Sub-17, na Ilha do Retiro, quanto pelo confusão envolvendo pedras e bombas caseiras nos Aflitos, durante a partida entre Náutico e CSA, pela Série B, ninguém foi levado ao Juizado do Torcedor para uma transação penal.

Para o promotor, está faltando uma maior coordenação entre clubes, polícia e poder judiciário após os casos de violência nos estádios de Pernambuco. Segundo José Bispo, atualmente, apenas uma pessoa no Estado está judicialmente proibida de frequentar os estádios, tendo que se apresentar às autoridades em dias de jogos.

“O estatuto do torcedor atribui a defesa e o combate à violência a todos os componentes dos jogos. Ou seja, CBF, federação, clubes mandantes, Ministério Público, polícia e poder judiciário de uma forma compartilhada. Cada um dentro das suas atribuições que somados chegam a um denominador comum. Eu diria que nesse momento está havendo um desencontro”
— José Bispo, promotor do Juizado do Torcedor.

– Esse encontro será realizado e estamos marcando uma reunião para que haja um termo de ajustamento para saber o que cada um vai fazer em dia de jogos e a obrigação que cada um tem de cumprir o estatuto do torcedor – relatou.

– O Juizado do Torcedor, em dia de jogos, tem competência de atribuição de todos os atos de violência dentro do estádio, nos arredores e dentro de um raio de cinco quilômetros. A obrigação é de conduzir o cidadão infrator à polícia civil para se preparar o termo circunstancial de ocorrência e dai o juizado plantonista recebe e ali já aplica a transição penal. O cidadão já sai com a medida restritiva. No momento, os fatos estão acontecendo e o plantão do juizado não tem recebido os infratores. Está havendo uma ausência nesse trajeto – reconheceu José Bispo.

– O Juizado do Torcedor, em dia de jogos, tem competência de atribuição de todos os atos de violência dentro do estádio, nos arredores e dentro de um raio de cinco quilômetros. A obrigação é de conduzir o cidadão infrator à polícia civil para se preparar o termo circunstancial de ocorrência e dai o juizado plantonista recebe e ali já aplica a transição penal. O cidadão já sai com a medida restritiva. No momento, os fatos estão acontecendo e o plantão do juizado não tem recebido os infratores. Está havendo uma ausência nesse trajeto – reconheceu José Bispo.

De acordo com a Polícia Militar, tanto no caso da agressão à torcedores do Corinthians, quanto nas cenas de violência no jogo entre Náutico e CSA, ninguém foi preso.

Arivaldo Maia com Redação do ge – Recife