Não dá liga: divisão das cotas de TV trava união dos clubes e retarda o avanço
   2 de maio de 2022   │     19:00  │  0

Apesar de já autorizada por Ednaldo Rodrigues, o presidente eleito da CBF, a sonhada criação da Liga Independente dos clubes patina.

E por dois motivos:

1 – a dificuldades de atender aos interesses de dois blocos;

2 – a pouca disposição de Flamengo e Corinthians em ver suas cotas reduzidas em nome da divisão equilibrada de receitas de transmissão dos jogos.

Sobretudo com relação ao dinheiro captado pelo Pay Per View (PPV).

Hoje, pode-se dizer que já há três grupos à mesa de negociação para a materialização da Liga.

Um, com os grandes do eixo Rio, São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul;

O outro, denominado “Forte Futebol”, com Athlético-PR e dez “emergentes” em ação na Série A;

E o chamado sub-grupo, só com Flamengo e Corinthians, já inseridos no primeiro, mas que ainda não deram aval para divisão de receitas.

A Codajas Sports Kapital, com Flávio Zveiter e Ricardo Fortes à frente, tenta a unir os clubes, com a promessa de Liga forte, bem estruturada e independente.

Acena com investimentos que superam a um bilhão de reais, um calendário mais racional e a geração de novas receitas.

No modelo atual, a maior fatia vem das transmissões nas TVs Aberta, Fechada e PPV – fora direitos internacionais e placas de publicidade no campo.

O problema é que Athletico-PR, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Juventude e Goiás não concordam com a divisão das cotas.

Arivaldo Maia com Redação do EXTRA