Mozart fala sobre derrota e vaias da torcida do CSA: “Primeira vez que eu sou contestado aqui”
   21 de abril de 2022   │     13:00  │  0

Mozart saiu também em defesa do goleiro Marcelo Carné — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Mozart saiu também em defesa do goleiro Marcelo Carné — (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)

Treinador diz que jogo contra o América-MG é ponto fora da curva: “Minha equipe não toma muitos gols e acabou que tomamos três em casa”.

O técnico assumiu a responsabilidade pela derrota elástica do CSA para o América-MG, por 3 a 0, na última terça-feira, pela Copa do Brasil. Ele fez também na coletiva uma análise de todo trabalho à frente do time, comentou as eliminações da Copa do Nordeste e Campeonato Alagoano e falou sobre as vaias da torcida no Rei Pelé.

– É a primeira vez que eu sou contestado aqui. Tenho quase 100 jogos à frente da equipe, acho (a cobrança) natural porque nós não conseguimos nos classificar na Copa do Nordeste, que foi um jogo atípico, saímos nos pênaltis; não conseguimos chegar à final do estadual , também nos pênaltis, e estamos no início da Série B, onde empatamos contra uma equipe qualificada – comentou Mozart, acrescentando que o jogo contra o América-MG foi um ponto fora da curva.

– O resultado de hoje foi atípico, a minha equipe não toma muitos gols e acabou que tomamos três em casa. E a insatisfação do torcedor, eu acho natural.
Mozart analisou também o resultado negativo em casa e apontou qual foi o ponto de desequilíbrio do time no Rei Pelé.

– Nós fizemos um primeiro tempo muito bom, equilibrado, criamos as nossas oportunidades, quase não concedemos nada pra eles… E aí o jogo mudou depois do primeiro gol. Nós sabíamos que eles eram fortes na bola parada e aí acabamos desestabilizando. Enfim, eu lamento pelo primeiro tempo que nós fizemos e nos 10, 15 minutos do segundo tempo – analisou o técnico, e prosseguiu:

– Tem que assumir a bronca, assimilar o golpe, eu entendo a insatisfação do torcedor, o resultado também acabou sendo um pouco elástico pra o que foi o jogo. Nós sabíamos que o contra-ataque deles era rápido. Acabamos tomando o segundo gol de contra-ataque, onde estávamos desmontados, e nós, com um dia só que tivemos de treino, deixamos sempre cinco jogadores para deixar montada a nossa transição defensiva, pelo fato do contra-ataque ser rápido. E o terceiro gol acaba desviando na barreira e não tem o que fazer.

Depois de um primeiro tempo mais convincente, o treinador justificou a queda de rendimento na segunda etapa e valorizou o adversário.

– Nós nos desestabilizamos depois do primeiro gol. E o primeiro gol é um gol que não pode tomar, principalmente por uma jogada combinada ali do lado. Eles colocaram dois na bola, nós temos que encurtar mais rápido, não podemos perder o marcador dentro da grande área, ainda mais num jogo contra um adversário desse nível. O América-MG está na Libertadores e não é por acaso. Eu entendo a insatisfação do torcedor, entendo tudo, mas estamos enfrentando um time que está na Série A e na Libertadores. Então, quando você erra contra uma equipe dessa, eles vão fazer o gol.

“Agora é levantar a cabeça, assimilar as pancadas que vão vir de fora, o que é normal, eu acho bem natural, a nossa torcida cobra e sexta-feira não dá nem pra se lamentar muito.”

Sobre as críticas direcionadas a Marcelo Carné, Mozart saiu em defesa do goleiro.

– Não concordo com uma cobrança em cima do Carné, que é um baita goleiro, e fomos nós quem perdemos, a responsabilidade do resultado é toda minha. Aos jogadores, nunca falta dedicação, eles se aplicam, seja no dia a dia, principalmente nos jogos, o Carné é um excelente goleiro, vai estar conosco até o fim da Série B, então o torcedor tem que apoiar o nosso atleta e nós temos que dar a resposta a partir de sexta-feira.

Mozart também comentou as alterações feitas na equipe.

– O Bruno Mota entrou no lugar do Rodrigo, que passou dois dias mal, com problema estomacal, e conseguiu jogar 55 minutos. Eu coloquei o Osvaldo no lugar do Lucas porque achei que o Lucas cansou, não tava produzindo tanto e aquele lado é um lado forte nosso. Com relação ao Gabriel, ele vem de 90 minutos e mais 70, e aí eu queria deixar o Cedric, que é mais forte fisicamente, lado a lado e o jogo estava 1 a 0… E, se nós não fizéssemos gol, lá não queria tomar mais um porque se vai 1 a 0 pra BH o resultado tá aberto ainda, e aí eu quis soltar um pouco mais o Igor e deixar o Osvaldo por dentro. Aí, quando eu fiz essa troca, a gente acabou tomando o segundo gol em contra-ataque. São coisas que acontecem. Contra um adversário qualificado desse, você não pode errar. Errou, eles fazem o gol. Foi o que aconteceu, não tirando mérito do adversário.

Arivaldo Maia com Redação do ge – Alagoas