Com Nenê revoltado ao ser substituído, Vasco tropeça em casa na estreia da Série B
   9 de abril de 2022   │     23:30  │  0

Vasco e Vila Nova – (Foto: DANIEL RAMALHO/Vasco)

Meia não gostou nem um pouco de deixar o campo, no segundo tempo; torcedores chamaram Zé Ricardo de ‘burro’.

A estreia do Vasco no Campeonato Brasileiro Série B foi com o pé esquerdo e longe do que se esperava depois de quase três semanas de preparação para o duelo com o Vila Nova, ontem, em São Januário. E, além de ver a equipe empatar em 1 a 1 em casa, os torcedores presenciaram um Nenê revoltado ao ser substituído e Zé Ricardo confuso e sendo chamado de “burro”.

Os 45 minutos iniciais de Vasco e Vila Nova não foram bons. Por mais que os gols tenham saído aos 8 e 11 minutos, depois disso o nível caiu. A partida teve muitos erros dos dois lados e as dificuldades técnicas das equipes foram evidentes.

O gol do Vasco, aos oito minutos, saiu da seguinte forma: Nenê cobrou escanteio na primeira trave para Edimar. Ele cabeceou, a bola desvia em Arthur Rezende e foi no canto direito de Georgemy. O goleiro defendeu, mas deu rebote, e Raniel não perdoou para fazer o primeiro do Cruzmaltino na Série B.

O problema que o Vila Nova conseguiu o empate três minutos depois. Matheuzinho cobrou escanteio na linha da pequena área e Arthur Rezende apareceu nas costas de Anderson Conceição para cabecear à esquerda de Thiago Rodrigues e deixar tudo igual em São Januário.

Aos 28, o Vasco chegou a fazer o segundo, mas foi anulado. Edimar tocou para Nenê em profundidade na ponta esquerda e o meia cruzou rasteiro para trás. Bruno Nazário errou o chute, acertou o marcador e a bola sobrou para Edimar. Ele chutou cruzado e botou o Cruzmaltino em vantagem. Porém, Leandro Vuaden foi analisar o lance no Var.

Após consulta, p árbitro apontou falta de Bruno Nazário em cima de Willian Formiga, que deixou o campo de maca. Com isso, placar continuou igual.

Este, inclusive, foi o último lance de perigo na etapa inicial, que não foi de um espetáculo em São Januário.

No segundo tempo, um roteiro de filme de terror para os torcedores que foram ao estádio. O que mais chamou atenção de todos aconteceu aos 27 minutos: ao ser substituído, o meia Nenê reclamou olhando para o banco de reservas, tirou a braçadeira de capitão e arremessou longe, sem esconder a insatisfação por ser tirado da partida.

Aos 32, outra cena inusitada. Pablo Dyego e Quintero se desentendem enquanto Zé Ricardo conversa com o time vascaíno. O zagueiro deu um empurrão no atacante do Vila, que respondeu encarando o adversário. Clima esquentou entre os dois, mas a turma do deixa disso logo chegou para acalmar os ânimos.

Na parte técnica, o Vasco, que teve 20 dias para se preparar, e nada conseguiu evoluir em relação ao que foi apresentado no Campeonato Carioca. Zé Ricardo começou com Weverton na lateral direita, passou Yuri para a posição na primeira substituição e depois colocou o estreante Lucas na lateral direita, nos últimos 15 minutos de partida. Ou seja: uma desorganização absurda.

Em um determinado, os vascaínos presentes em São Januário puxaram o coro de crítica a Zé Ricardo e o chamaram de “burro”, mas de nada adiantou, a equipe continuou jogando mal e ficou apenas no empate na estreia da Série B, em casa. Após o apito final, o treinador foi muito hostilizado pelos vascaíno, e os atletas foram vaiados.

O Vasco só voltará a campo no outro sábado, dia 16 de abril, para pegar o CRB, fora de casa, no Estádio Rei Pelé. A tendência é que Zér Ricardo tenha À disposição os reforços anunciados nesta semana: Palácios, Zé Vitor e Erick.

Arivaldo Maia com