Flamengo, Corinthians e Palmeiras enchem estádios e mostram que importante é o clube, não o estadual
   17 de março de 2022   │     13:00  │  0

Bangu x Flamengo — Foto: Alexandre Durão

Bangu 0 x 6 Flamengo, com o maior público desde o final do ano 2019 — (Foto: Alexandre Durão)

Maracanã registrou maior público no Brasil desde o final de 2019, quando Flamengo levou 64 mil pagantes.

O Flamengo levou 61 mil pagantes do Maracanã, seu maior público com torcedores pagando ingressos desde o jogo contra o Avaí, na penúltima rodada do Brasileirão 2019. Na época, houve 64 mil espectadores pagando ingressos.

No ano seguinte, última festa antes do fechamento dos estádios pela pandemia, o rubro-negro levou 63 mil espectadores para ver o jogo contra o Barcelona, mas houve 58 mil pagantes.

O Maracanã é uma festa. Sua reabertura no sábado, com Bangu 0 x 6 Flamengo, foi como um sinal de que o futebol do Rio de Janeiro reabriu. Antes, só o Fluminense com seus jogos e espetáculos de sua torcida contra Millonarios e Olimpia, em São Januário e Nílton Santos.

A permissão dos jogos com 100% de espectadores devolve um pouco da festa, apesar de haver São Januário com 2 mil para Vasco x Resende. Mas o final de semana deu sinal de vida. Além dos 61 mil pagantes, 63 mil presentes em Bangu x Flamengo, houve 39 mil na Neo Química Arena, para Corinthians 5 x 0 Ponte Preta, e 38 mil no Allianz Parque, para Palmeiras 1 x 0 Santos.

Nos casos de Corinthians e Palmeiras, os cartões de sócios torcedores com obrigatoriedade de passar pela catraca ajuda a explicar os bons públicos. No passado, as bilheterias ficavam abertas até a hora do jogo à espera de o torcedor decidir se queria ir ao estádio, à piscina, ao cinema ou simplesmente ficar em casa. Hoje, ingresso comprado soma pontos, desde que passe pela catraca, não comprar o bilhete não soma nada e comprar e não ir faz perder pontuação e, talvez, a chance de ter prioridade no jogo que você quer ir, nas finais dos campeonatos.

As multidões de rubro-negros, corintianos e palmeirenses mostra que o estadual pode não valer nada. Mas seu clube vale muito. Nenhum rubro-negro paga para assistir Bangu x Flamengo. Mas paga para ver o Flamengo. Nenhum corintiano paga para ver o Campeonato Paulista. Paga para assistir ao Corinthians. Este entendimento, aliado à venda de planos de sócios torcedores com fidelidade, precisa fazer parte do novo futebol brasileiro, a partir da criação da provável criação da liga.

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