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CSA, de Júnior Amorim, eliminou o Santos, de Neymar — (Foto: Arquivo/GloboEsporte.com)
Time volta a disputar uma partida decisiva da competição nesta quarta, contra o Paysandu.
O CSA está em sua 20ª participação na Copa do Brasil. Nesta quarta, contra o Paysandu, disputa a 46ª partida e precisa vencer, às 21h30, no Rei Pelé, para se classificar no tempo normal.
Empate leva a decisão da vaga na terceira fase para os pênaltis.
De 1989 para cá, o CSA conquistou vitórias marcantes, enfrentou grandes adversários e também passou por algumas decepções. No total, em 45 partidas, coleciona 12 vitórias, 8 empates e 25 derrotas.
Em casa, disputou até agora 23 jogos, conquistando 5 vitórias, obtendo 5 empates e sofrendo 13 derrotas. Aumenta essa estatística justamente contra o Paysandu, num confronto que vale uma cota de R$ 1,9 milhão para quem passar.
Boas memórias
O torcedor não se esquece dos anos de 1992 e 2009. Nessas participações, o CSA eliminou times poderosos e ganhou repercussão nacional.
Em 2009, o CSA venceu na Vila Belmiro por 1 a 0, gol de Júnior Amorim, e despachou o Santos, de Neymar. Antes, no primeiro jogo, empatou sem gols no Rei Pelé.
Júnior tem uma boa história sobre a vitória em Santos.
– Eu e o Marco Brito tínhamos alguns amigos que jogavam no Santos. Aí, após o primeiro jogo, fomos ao hotel onde os caras estavam e, quando estávamos lá num quarto, eu me lembro bem que o Fabão entrou e disse que a gente tinha levado sorte, que lá na Vila Belmiro não seria menos de três. Eu fiquei muito chateado com a declaração dele. E os próprios amigos dele falaram que ele tava falando besteira, mas ele repetiu que lá não seria menos de três – recordou o ex-atacante e emendou:
– Aquilo me provocou uma raiva danada. No outro dia, durante a nossa reapresentação, eu tava louco para contar isso para os caras para servir de motivação. E assim eu fiz… Contei tudo para o nosso grupo e meti a maior pilha.
O CSA ganhou em Santos com: Jeferson; Juninho Caiçara, Carlos Diogo, Fábio Lima e Marciano (Leandro); Anderson, Magno, Jean e Camilo (Ricardo Miranda); Júnior Amorim e Fábio Lopes (Fagner).
Vitória no Rio
Em 1992, o CSA venceu em São Januário por 1 a 0, gol de Dago, e eliminou o Vasco, uma das grandes forças do futebol do país na época. Em Maceió, os times empataram por 3 a 3, no Estádio da Pajuçara.
O ex-atacante Edson, que deu assistência para o gol de Dago, destacou a força do Vasco.
– O time dos caras era uma máquina. Tinha Carlos Germano, Edmundo, Roberto Dinamite, Bismarck, Valdir Bigode, Luiz Carlos Winck, foi até ele quem me marcou naquele jogo, …Enfim, era um timaço. Mas a gente entrou decidido que poderia surpreender.
Edson lembrou que a torcida do Vasco ficou irada com a derrota em casa.
– No lance do gol, eu recebi o passe, cortei pra dentro e ia bater. Daí o Dago veio gritando. E ele chutava forte, chutava bem… Aí rolei e ele pegou muito bem na bola, um chutaço de fora da área. Com aquele gol, derrotamos o Vasco em pleno São Januário. Lembro que depois do jogo a torcida ficou brava com os caras lá. Tinha torcedor querendo quebrar carro de jogador e tudo mais.
O CSA venceu o Vasco com: Flávio; Talvanes, Raul, Ozéias (Dago) e Marcelo Barreto; Carlinhos Marechal (Piti), Marcelo Gomes, Chiquinho e Mário Xavier; Edson Ferreira e Lino.
O início
O CSA esteve presente na primeira edição da Copa do Brasil, em 1989, e foi o único representante do futebol alagoano.
Encarou o Internacional em jogos de ida e volta. No primeiro, segurou um empate sem gols no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre. A segunda partida foi disputada no Rei Pelé, e o CSA foi derrotado por 2 a 0, no dia 22 de julho.
Não foi bem
Nos últimos três anos, porém, as campanhas foram abaixo do esperado. O CSA foi eliminado pelo Remo em 2019, logo na primeira fase, com derrota por 1 a 0.
Depois, em 2020, caiu com uma derrota para o Vitória-ES, por 2 a 1, também na primeira fase. Ano passado, eliminou o Guarany-CE com goleada, por 5 a 1, mas caiu na segunda fase. No Rei Pelé, perdeu nos pênaltis, outra vez contra o Remo, por 6 a 5. Empatou antes, no tempo normal, por 1 a 1.
E em 2022?
Nesta temporada, o CSA passou da primeira fase com dificuldade. Empatou com o Atlético-BA por 1 a 1, em Alagoinhas, e fez valer a vantagem por ter uma melhor posição no Ranking da CBF.
Nesse jogo, Mozart escalou o time com: Marcelo Carné; Cedric (Igor), Wellington, Werley e Ernandes; Geovane, Gabriel e Felipe Augusto (Osvaldo); Marco Túlio (Yann Rolim), Lucas Barcelos (Didira) e Rodrigo Rodrigues (Dalberto).
Essa, inclusive, é a base para o jogo desta quarta.
Arivaldo Maia com o excelente e, acima de tudo profissional trabalho da Redação do ge de Alagoas.
