A vida de técnico não é fácil, principalmente no Brasil, um país onde os resultados imperam. Por isso, para Nelsinho Baptista, hoje treinador do Kashiwa Reysol, do Japão, é necessário dar apoio a Vítor Pereira, novo comandante do Corinthians, clube que ele conhece bem.
O profissional, que faturou a primeira taça do Campeonato Brasileiro do Timão, em 1990, opinou também sobre um tema que vem sendo recorrente nas mesas de debate: a contratação de estrangeiros no futebol nacional.
“É um profissional que tem que receber apoio. Não é o dirigente trazer e jogar para torcida, não dar condições de trabalho e de ter um elenco de qualidade. Eu não tenho esse preconceito com treinadores estrangeiros que trabalham no Brasil, porque eu trabalho fora do Brasil. Eu sou aceito aqui, reconhecido aqui, mas tenho apoio”, disse em entrevista ao OneFootball.
Para concluir seu pensamento, Nelsinho deu o exemplo de Paulo Sousa, do Flamengo, que vem sofrendo certa pressão após a perda do título da Supercopa do Brasil e o empate diante do Resende, no último final de semana.
“O Vítor, que está chegando agora, o dirigente não pode deixar ele e a torcida, porque o torcedor é paixão. Principalmente no Corinthians, eles falam, é ‘um bando de loucos’. Não pode deixar um resultado abalar, não pode deixar acontecer. Por exemplo, no Flamengo está acontecendo uma pressão. Até agora a diretoria está tranquila, é o que tem que acontecer com o treinador do Corinthians também”, finalizou.
Vítor Pereira deve fazer sua estreia como técnico do Corinthians no próximo sábado, justamente em um clássico, contra o São Paulo, no Morumbi.
Gazeta Esportiva
