Análise: Palmeiras esbarra em campo ruim e não empolga no último teste antes da final
   22 de novembro de 2021   │     19:00  │  0

Mayke e Weverton durante a partida entre Palmeiras e Fortaleza — Foto: Cesar Greco

Mayke e Weverton durante a partida entre Palmeiras e Fortaleza — (Foto: Cesar Greco)

Verdão perde para o Fortaleza no Castelão e cria pouco, apesar dos elogios de Abel.

Os titulares do Palmeiras fizeram provavelmente no último sábado a última exibição antes da final da Copa Libertadores.

No criticado gramado do Castelão, o time de Abel Ferreira perdeu para o Fortaleza e não teve uma atuação que empolgasse a uma semana do confronto com o Flamengo.

Após a partida, o português citou os números do confronto para argumentar que pelo menos no segundo tempo o desempenho foi bom. Mas apesar do número maior de finalizações (12 contra 8) e de posse de bola (64%), não houve domínio palmeirense.

Há alguns fatores que influenciam nisto, a começar pelo campo. O Castelão hoje não tem a condição ideal para trabalhar a bola como o Verdão tentou fazer. Especialmente no primeiro tempo, a equipe tinha a posse, mas rodava em sua defesa com muita lentidão.

Sem a condição ideal no estádio, entra também a preocupação de o jogador não ir ao limite para evitar uma lesão neste momento. E com este contexto, diante de um Fortaleza que precisava reagir para voltar à briga pelo G-4, o Palmeiras foi burocrático, com o quarteto Rony, Dudu, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa apagado.

O ritmo não pode ser definido como de treino, pois houve alguns momentos de irritação fora do padrão desta equipe, como de Zé Rafael e Matheus Vargas em disputa de espaço num escanteio, e até entre palmeirenses, na discussão ríspida entre Weverton e Gustavo Gómez.

A escalação no estádio Centenário deve ser praticamente a mesma deste sábado, mas restam dúvidas. A começar pelo meio-campo: Felipe Melo, capitão da equipe, ficou fora mais uma vez por estar em um cronograma especial de tratamento de dores no joelho direito.

Caso não consiga atuar no sábado que vem, Danilo é o favorito para assumir a função, mas com um estilo diferente, de maior dinamismo com a bola e sem tanto poder de marcação. Contra o Fortaleza, o garoto jogou mais preso, fazendo a saída de bola com os zagueiros, assim como Melo.

Na lateral direita, Mayke não empolgou, mas teve alguns bons momentos defensivamente. Como Gabriel Menino está em baixa neste momento, o camisa 12 parece ser o único candidato a substituir Marcos Rocha, suspenso. Esta será uma ausência bastante sentida.

Como a comissão técnica montou um plano em que os jogos do Brasileirão tornaram-se basicamente parte dos preparativos físicos para a final da Libertadores, o resultado não tem grande importância.

Mas o Verdão, que vinha de seis vitórias seguidas e empolgava, agora tem três derrotas em série e ainda vai enfrentar o líder Atlético-MG provavelmente com reservas nesta terça-feira.

Se serve de conforto ao palmeirense que está um pouco receoso, na semifinal contra o Galo o time também patinou no Brasileiro enquanto se preparava para o mata-mata e terminou classificado.

Blog com Thiago Ferri – Redação do ge – São Paulo