Vasco não consegue transformar posse de bola em eficiência ofensiva
   7 de novembro de 2021   │     15:00  │  0

Vasco criou pouco contra o Guarani e teve apenas três finalizações em direção ao gol bugrino (Rafael Ribeiro/Vasco)

Vasco criou pouco contra o Guarani e teve apenas três finalizações em direção ao gol bugrino (Rafael Ribeiro/Vasco)

Foto: Lance!

Com Fernando Diniz, Cruz-Maltino teve uma curta reação, mas logo voltou a apresentar velhos problemas. Equipe é a primeira em número de passes e a 15ª em finalizações.

Diante de mais um clássico, hoje, contra o Botafogo, o Vasco segue em situação delicada na Série B, com apenas 1% de chance de conseguir o acesso. Os motivos que fizeram a equipe atingir esses números são reflexos de escolhas dentro e fora de campo. Uma delas é o estilo de jogo voltado à posse de bola, que na maioria das vezes não tem rendido resultados e eficiência ofensiva.

Dificuldades desde a estreia e poucas soluções em 33 rodadas
Desde a estreia na Série B, contra o Operário, em São Januário, o time apresenta muita dificuldade na criação. Na época, Marcelo Cabo tentava implantar um estilo de jogo apoiado, com infiltração, e a presença dos laterais explorando o corredor. Contudo, a falta de mobilidade fez o time ser pobre de ideias e previsível.

Sem um camisa 10 de origem, o comandante apostou em Marquinhos Gabriel. O jogador, que atuava mais pelos lados nos clubes por onde passou, não conseguiu ser efetivo na posição. Em várias partidas, a bola pouco chegava em condições de Cano finalizar e levar perigo ao gol adversário. O argentino teve que voltar para buscar jogo e se afastar da área em diversos momentos.

Dessa forma, Cabo, então, não resistiu aos maus resultados e acabou sendo demitido pela diretoria. Com a chegada de Lisca, velhos erros apareceram e de maneira ainda mais intensa. Além da pouca produção ofensiva, o sistema defensivo ficava exposto a contra-ataques muitas das vezes letais a favor dos adversários.

A volta tardia de um velho conhecido e o estilo Diniz

Depois de uma fraca atuação diante do Avaí, na Ressacada, Lisca pediu demissão e o Vasco teve que novamente buscar um nome no mercado. A aposta foi em um velho conhecido do diretor executivo Alexandre Pássaro: Fernando Diniz. Com a missão de recolocar o Cruz-Maltino na elite, o início foi até promissor com uma sequência de cinco jogos sem perder.

Além dele, o experiente Nene retornou ao clube a conquistou o protagonismo em poucos jogos. Principal referência técnica no meio, ele marcou quatro gols e deu duas assistências, mas chegou tarde. Faltou planejamento fora de campo. Dentro das quatro linhas, a posse de bola torna-se cada vez mais improdutiva, ainda mais se o camisa 77 não estiver em um bom dia.

Algo que aconteceu na última quinta-feira, diante do Guarani, no Brinco de Ouro. De acordo com o portal “Footstats”, desde a estreia de Fernando Diniz (10 jogos até então), o Vasco é o primeiro na média de passes por jogo com 467,2. Porém, é apenas o 15º em finalizações por partida: 11,2. Com isso, o time finaliza uma vez a cada 42 passes – número expressivo que reflete um dos vários problemas apresentados na campanha.

O técnico tem pouco tempo de trabalho e assumiu a equipe já em situação complicada. Na última coletiva, ele disse que vai lutar até o fim, e que o time está focado no clássico contra o Botafogo, hoje, às 16h, em São Januário. Apesar disso, Diniz sabe que se permanecer no clube precisa já começar o planejamento para 2022. O mesmo pode ser dito a diretoria, que precisa aprender com os erros e entender a Série B na hora de remontar o elenco.

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