Poupar ou usar força máxima? Com Liberta na mira, Renato vive dilema nos primeiros dias de Flamengo
   17 de julho de 2021   │     16:00  │  0

Renato Gaúcho em treino do Flamengo no Ninho (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Renato Gaúcho em treino do Flamengo no Ninho (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Foto: Lance!

Rubro-Negro se reapresentou no Ninho do Urubu nesta sexta-feira e iniciou preparação para encarar o Bahia, neste domingo, em Salvador. Duelo decisivo com o Defensa é na próxima quarta.

Logo nos primeiros dias no comando do Flamengo, Renato Gaúcho já vive um importante dilema: poupar de olho no Defensa y Justicia ou usar força máxima e tentar subir na tabela do Brasileirão? Neste domingo, o Rubro-Negro visita o Bahia em Salvador com necessidade de pontuar, mas com o confronto de volta das oitavas de final da Libertadores no horizonte.

A opção por poupar atletas é inclusive uma das principais dúvidas em torno do trabalho de Renato Gaúcho. Nos quatro anos e meio à frente do Grêmio, o treinador criou o hábito de priorizar as competições de mata-mata em detrimento do Brasileirão. Dessa forma, ele usava as rodadas no fim de semana para rodar o elenco – com a autorização da diretoria gremista.

O contexto do Flamengo, no entanto, parece ser diferente, uma vez que o Campeonato Brasileiro é tratado com importância pelos dirigentes rubro-negros. Bicampeão nacional, o clube almeja conquistar o terceiro título seguido, o que apenas o São Paulo (em 2006, 2007 e 2008) alcançou nesses 50 anos de competição.

Após um início irregular, com quatro derrotas, o Flamengo soma 15 pontos e ocupa apenas a 8ª colocação da tabela. Apesar de ter dois jogos atrasados, a equipe está a seis pontos do G-4 e a dez do líder Palmeiras. Ou seja, precisa engatar uma boa sequência de vitórias para encostar nos líderes e se firmar na brigar pelo título.

Em meio à maratona de jogos, o Flamengo adotou uma estratégia de preservar jogadores por precaução, após avaliações regulares da fisiologia. Nas últimas semanas, por exemplo, Rodrigo Caio, Diego Alves e Filipe Luís foram poupados, mas em partidas diferentes. A última vez que a equipe entrou em campo com um time majoritariamente reserva foi na semifinal do Carioca, contra o Volta Redonda, em 8 de maio.

Questionado sobre o assunto na coletiva de apresentação, na última segunda-feira, Renato Gaúcho aparentou estar alinhado com esse procedimento do Flamengo. O treinador ressaltou a importância da equipe de fisiologia e citou o risco de lesão como justificativa para poupar determinados atletas.

– O poupar em algumas competições as pessoas, às vezes, entendem mal. A gente sempre quer a força total. Mas no momento em que o jogador está desgastado, e o exame de “CK” mostra que ele pode ter uma lesão, esse jogador vai ser poupado. A explicação é essa. O fisiologista e o preparador físico ajudam o treinador. No momento em que ele (jogador) se sentir bem, ele vai jogar – disse Renato.

DESFALQUES E RETORNOS

Na estreia contra o Defensa y Justicia, o treinador não pôde contar com quatro atletas: Rodrigo Caio, Willian Arão, Diego e Bruno Henrique. De todos eles, apenas Arão tem o retorno confirmado contra o Bahia. O trio restante se recupera de lesão e será avaliado no Ninho do Urubu antes da viagem a Salvador, neste sábado.

Após ganhar folga, Renato Gaúcho e o elenco do Flamengo se reapresentaram ontem no CT e terão apenas dois dias de preparação para o confronto com o Bahia. A partida está marcada para amanhã, domingo, às 18h15 (de Brasília), em Pituaçu. Em seguida, a equipe segue direto para Brasília, onde enfrenta o Defensa y Justicia na próxima quarta, valendo uma vaga nas quartas de final da Libertadores.

Blog com Terra Esportes