Entenda por que o Corinthians (ainda) adota tom cauteloso para falar sobre Renato Augusto
   15 de julho de 2021   │     22:00  │  0

Clube evita empolgação com a possibilidade de contratar no meio-campista novamente.

Embora admita o interesse em Renato Augusto, o Corinthians ainda prega cautela ao falar sobre o tema. O jogador já procura apartamento para morar em São Paulo, mas ainda não conseguiu o principal: a liberação do Beijing Guoan, da China.

O fato preocupa o Corinthians. O acordo pela liberação do jogador pode demorar alguns dias para sair, possivelmente apenas na próxima semana. Por isso, a diretoria mantém os pés no chão. Não quer falar abertamente sobre um jogador que pertence a outro clube por uma série de motivos.

Renato não recebe salários há cinco meses e está sem jogar desde dezembro pelo Bejing Gouan. Ele não conseguiu voltar à China neste ano já que as fronteiras estão fechadas. Há o entendimento no Corinthians de que o acordo pode se complicar.

O caso Jô, por exemplo, é um indicativo do que não se deve fazer. O jogador chegou ao Timão livre no mercado, após deixar o Nagoya Grampus, do Japão, mas havia sido demitido por justa causa do clube. Corinthians e Fifa foram condenados a pagar 3,4 milhões de dólares (R$ 18,2 milhões) ao time japonês. Por isso, como não pretende negociar com o Beijing, o clube não fala sobre Renato.

O Beijing Guoan pode querer liberá-lo sem arcar com nada que o jogador tem e terá a receber ou ainda exigir dinheiro diante da repercussão sobre o interesse do Corinthians no jogador no Brasil. Tudo só reforça a cautela do Timão para falar da negociação.

Ao mesmo tempo, há a intenção de evitar uma comoção na torcida com a possibilidade da contratação para não acarretar em frustração caso as negociações com Renato Augusto e Paulinho não se concretizem.

Passados os seis primeiros meses do ano e a metade do sétimo praticamente, o Corinthians ainda não fez contratações para o time profissional e prega um discurso de austeridade e contenção de gastos.

Blog com Ana Canhedo e Marcelo Braga – Redação do ge – São Paulo