Copa América: Seleção defende tabu que dura desde jogo indigesto com a Argentina
   8 de julho de 2021   │     11:00  │  0

Equipe canarinha não é derrotada há sete partidas no Maracanã. Porém, mais recente revés foi em confronto com os ‘hermanos’.

Mais do que a magia que envolve uma final entre Brasil e Argentina, o duelo deste sábado (10) à noite trará um tempero especial para a rivalidade. Na decisão da Copa América no Maracanã, os comandados de Tite defenderão uma invencibilidade canarinha que dura desde o longínquo ano de 1998: os “hermanos” foram os últimos a levarem a melhor sobre uma equipe canarinha em jogos no Maraca.

Então tetracampeã do mundo, a Seleção Brasileira recebeu a Argentina no Maracanã em 29 de abril de 1998. Embora já tivesse a “espinha dorsal” que iria para a Copa do Mundo, incluindo o hoje preparador de goleiros Taffarel , o zagueiro Aldair e os laterais Cafu e Roberto Carlos, o técnico Zagallo ainda utilizou o jogo para promover seus últimos testes.

Em boa fase, Zé Elias formou a dupla de volantes com César Sampaio, que jogou o Mundial de 1998 hoje auxiliar técnico da Seleção Brasileira. Além disto, coube a Raí, com a camisa 7, ser o meia de ligação. A dupla de ataque era Romário e Ronaldo.

Contudo, a Seleção ficou longe de deslanchar no Maracanã. O ímpeto de Roberto Carlos era facilmente anulado. Já Cafu se atrapalhava nos passes e nos cruzamentos. No meio, tanto Raí quanto Denílson pouco tocavam na bola.

Aos poucos, os argentinos, bem organizados pelo técnico Daniel Passarella, foram se impondo com nomes como Simeone, Verón, Ortega e Batistuta. Zanetti se desvencilhou com tranquilidade de Zé Elias (que teve atuação abaixo da média e foi hostilizado) e exigiu Taffarel.

Diante da morosidade da Seleção Brasileira, as 100 mil pessoas nas arquibancadas se manifestou com veemência: “Raí, pede para sair! Raí, pede para sair!”. O meia deu lugar a Leonardo, enquanto Denílson foi sacado para a entrada de Edmundo. Só que a Argentina aumentou seu ímpeto com a entrada de Delgado no lugar de Ortega, e continuou a tomar as rédeas do jogo.

De tanto pressionar, a equipe encontrou o caminho do gol. Verón fez lançamento para Claudio López na esquerda. O atacante, livre, deixou Júnior Baiano para trás e avançou como quis pela área. Taffarel ainda saiu da meta, mas não evitou o gol da vitória por 1 a 0 da Argentina, marcado aos 39 minutos do segundo tempo.

O gol foi aplaudido com ironia pela torcida brasileira. Na reta final, os torcedores que estavam no Maracanã gritaram “olé” a cada toque argentino e entoaram “timinho” para a Seleção Brasileira que, posteriormente, iria fazer amistosos na Europa.

Após este jogo, a Seleção Brasileira disputou outras sete partidas no Maraca. Até o momento, foram quatro vitórias e três empates.

Um dos triunfos valeu o título do Brasil na Copa das Confederações de 2013, sobre a Espanha, e, em 2019, já sob o comando de Tite a vitória sobre o Peru levou a equipe à conquista da Copa América. Cabe nesta decisão da edição da competição sul-americana a Seleção Brasileira levar a melhor e deixar para trás as más lembranças vindas do amistoso de 1998.

Blog com ISTOÉ/LANCE