“Foi uma decisão errada e completamente insustentável que os jogadores tivessem que estar em campo logo após a terrível experiência”, diz presidente da federação dinamarquesa de futebol.
A Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU) pediu à Uefa que mude seus procedimentos após o colapso do meia Christian Eriksen na partida da Euro 2020 contra a Finlândia e a subsequente decisão de retomar o jogo. O jogador, que teve que ser ressuscitado no gramado, passa bem, mas segue sob observação no hospital.
Os dinamarqueses tiveram a chance de reiniciar a partida na mesma noite ou às 12h00 do dia seguinte. Apesar de claramente abalados, voltaram ao jogo e perderam por 1 a 0, mas o técnico Kasper Hjulmand e seus jogadores disseram que preferiam não ter jogado.
– Foi uma decisão errada e completamente insustentável que os jogadores tivessem que estar em campo logo após a terrível experiência.Essa é uma situação em que jogadores e treinadores não devem ser colocados, porque não é e não deve ser decisão deles – disse o presidente do DBU, Jesper Moller, em comunicado na quarta-feira.
A Uefa recebeu duras críticas dos ex-jogadores dinamarqueses Peter Schmeichel e Michael Laudrup, com este último a afirmar que a opção de retomar no sábado ou no domingo não foi uma escolha.
– Agora queremos uma avaliação de todo o processo de tomada de decisão para que possamos colocar todos os fatos e informações relevantes sobre a mesa. Devemos olhar para uma mudança nas regras para garantir que nunca mais estaremos na mesma situação. Estamos prontos para apresentar uma resolução à Uefa – acrescentou Moller.
Em comunicado à agência de notícias Reuters, a Uefa afirmou que “tratou o assunto com o maior respeito pela situação delicada e pelos jogadores. Foi decidido reiniciar o jogo apenas depois de as duas equipas pedirem para terminar o jogo na mesma noite”.
Blog com Redação do ge — Copenhague