Flamengo investe R$ 1,2 milhão em equipamentos para acelerar recuperação de jogadores
   7 de junho de 2021   │     22:00  │  0

Câmaras hiperbáricas auxiliam na recuperação dos jogadores, que podem até assistir televisão durante a sessão — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

Câmaras hiperbáricas auxiliam na recuperação dos jogadores, que podem até assistir televisão durante a sessão – (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

Apesar de um ano restrito em relação a gastos, o Flamengo segue investindo em sua estrutura. Depois de adquirir duas câmaras hiperbáricas, o clube está perto de acertar a compra de mais dois destes equipamentos para o Ninho do Urubu.

Cada câmara custa cerca de R$ 300 mil, o que dá um investimento na casa dos R$ 1,2 milhão até o momento.

As câmaras hiperbáricas são vistas como um passo importante na recuperação de atletas lesionados e também no processo de regeneração pós-jogo. Segundo Marcio Tannure, gerente de Saúde e Alto Rendimento do Flamengo, o uso do equipamento já vem fazendo a diferença nos processos do setor.

– Temos tido um resultado muito bom, tanto que estamos fazendo um adendo no contrato e vamos adquirir mais duas câmaras, para que possamos ter mais agilidade e mais atletas poderem fazer ao mesmo tempo. Não só para tratar lesão, mas para melhorar recuperação pós-treino e, consequentemente, prevenir – explicou Tannure.

O Flamengo foi o primeiro clube no Brasil a adquirir as câmaras, que já são usadas na Europa há mais tempo. Clubes como Cuiabá e Corinthians também estão começando a se movimentar para adquirir o equipamento.

– Hoje em dia temos utilizado nos jogadores que estão lesionados e de maneira individualizada para quem vem sentindo mais, que já tinham experiência, como Diego e Filipe Luis. Estamos deixando como opcional. Quando tivermos mais câmaras, queremos colocar como rotina de recovery pós-jogo – contou Tannure.

Tannure planeja aumentar o número de câmaras para poder usar de forma mais dinâmica na recuperação dos jogadores tanto após as partidas quanto nos treinos. A câmara possibilita aumentar concentração de oxigênio em até 30%, o que acelera não só na regeneração mas também no tratamento de lesões. É como se os atletas fossem submetidos à pressão de duas atmosferas.

– Quando a gente faz atividade física, temos um débito de oxigênio. Preciso levar oxigênio para recuperar meu tecido muscular. Por isso que consome energia. As pessoas, quanto maior o débito de oxigênio, mais energia gastam para recuperar.

Na busca pela excelência na estrutura, o Flamengo também planeja para o futuro adquirir câmaras hipobáricas, o oposto das atuais. Seria uma forma de preparar os jogadores para atuar em condições com ar rarefeito, como as partidas na altitude.

– A gente sempre vem buscando tudo que tem de possibilidade. Quando foi feito o CT, do qual eu participei diretamente do projeto, a gente tentou desenhar uma câmara hipobárica para simular treino na altitude. É algo que estou tentando conseguir na próxima aquisição – completou Tannure.

– O Flamengo quer crescer ainda mais, está sempre se atualizando. Isso é fundamental. O custo hoje de um jogador de alto nível é alto, e eles têm que estar sempre jogando para dar esse retorno. Tudo que fizer de investimento para ele estar em condições e desempenhar seu melhor potencial é válido – elogiou Diego.

Blog com Felipe Schmidt e Ivan Raupp – ge.globo – Rio de Janeiro