Nike rompeu com Neymar após jogador não colaborar em investigação por assédio sexual, diz jornal
   28 de maio de 2021   │     1:00  │  0

Neymar rompeu com a Nike em setembro de 2020, quando ainda tinha mais oito anos de contrato — Foto: Getty Images

Neymar rompeu com a Nike em setembro de 2020, quando ainda tinha mais oito anos de contrato – (Foto: Getty Images)

O fim precoce do contrato entre Neymar e a Nike envolveu uma denúncia de assédio sexual contra o atacante. É o que revela uma reportagem desta quinta-feira do “Wall Street Journal”. Ao jornal, a conselheira geral da empresa de materiais esportivos, Hilary Krane, confirmou que o rompimento veio após o jogador não colaborar com as investigações do caso, que teria ocorrido em 2016.

– A Nike encerrou seu relacionamento com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações confiáveis feitas por uma funcionária de irregularidades cometidas – declarou Krane, ao jornal norte-americano.

Segundo o “Wall Street Journal”, o contrato de Neymar com a Nike tinha mais oito anos de duração quando foi encerrado, em setembro do ano passado. O camisa 10 do PSG logo firmou acordo com a Puma, que não comentou sobre o tema. Hilary Krane explicou que o assunto não foi tratado publicamente porque a investigação ainda está em curso.

– Nenhum conjunto único de fatos emergiu que nos permitiria falar substantivamente sobre o assunto. Seria impróprio para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer os fatos de apoio – explicou a conselheira geral da empresa.

A funcionária da Nike autora da denúncia afirma que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em seu quarto de hotel em uma viagem do jogador a Nova York. Ela coordenava a logística dos eventos nos quais o atacante participaria. Ao “Wall Street Journal”, uma porta-voz do jogador brasileiro negou todas as acusações.

– Neymar Jr. se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados caso alguma reclamação seja apresentada, o que não aconteceu até agora – diz a nota enviada pela representante do brasileiro, que reitera que a separação foi por motivos comerciais.

A denúncia da funcionária foi feita ao chefe de recursos humanos e conselho geral da empresa em 2018, depois de uma pesquisa interna da Nike sobre o tratamento às mulheres. A multinacional contratou advogados do escritório Cooley LLP, um dos mais prestigiados dos Estados Unidos, para conduzir a investigação, que começou em 2019.

Naquele momento, Neymar foi retirado das ações de marketing da empresa, segundo documentos obtidos pelo “Wall Street Journal”. O jornal diz que representantes do atleta foram ouvidos na investigação, mas o próprio atleta se recusou a ser entrevistado.

Blog com ge.globo