Fernandes fala sobre período longe do trabalho, aponta queda de rendimento do CRB e projeta decisão do Alagoano
   15 de maio de 2021   │     12:30  │  0

Roberto foi afastado do trabalho antes do clássico do dia 1º contra o CSA — Foto: Reprodução/CRB

Roberto foi afastado do trabalho antes do clássico de hoje contra o CSA  – (Foto: Reprodução/CRB)

Na primeira entrevista após a Covid, técnico conta como foi o desafio de acompanhar a equipe fora do banco de reservas e avisa: “Se o torcedor perdeu a paciência, eu perdi 10 vezes mais”

O técnico Roberto Fernandes está de volta ao Ninho do Galo. Ele foi para a primeira coletiva após o período de recuperação da Covid-19. O bate papo foi longo.

Primeiro, o treinador disse como observou o CRB enquanto esteve afastado. Espera que o time evolua nas finais do estadual, contra o CSA.

– O que a gente observou de fora, é notório, que nós tivemos uma queda de rendimento. Sabemos até o motivo da queda de rendimento, mas não adianta expor o problema. Nós precisamos corrigir algumas coisas para esses dois jogos da final. Isso é fato! Agora, independentemente dessa queda de rendimento, eu acho que a gente precisa controlar a ansiedade. Nós já temos um adversário que chegou por mérito à final, vão ser dois jogos de muita dificuldade e eu não preciso ter dificuldade aqui dentro, como ansiedade e pressão fora do normal. Cobrança demais só atrapalha, e a gente está num início de temporada.

Fernandes falou como o grupo está encarando a decisão do Alagoano. Quarta, o CRB venceu o Aliança por 2 a 1 e passou das semifinais.

– Nós tivemos um dia a menos de recuperação, o adversário (CSA) jogou na terça-feira, nós jogamos na quarta e já vamos jogar hoje. Para esse jogo, o trabalho não é o que eu gostaria, mas é o possível. É recuperar os jogadores para que eles possam estar descansados para o primeiro jogo da final. Depois, para o segundo jogo, teremos uma semana para trabalhar, e aí vamos focar mais firme em algumas situações que não estão me agradando e entendo que temos condições de melhorar.

O treinador do Galo quer mais intensidade no time. Ele lembrou que o futebol não é só a parte técnica.
“A atitude da equipe tem que ser diferente, a postura tem que ser diferente”.

– Eu que acompanhei do hospital, com um tubo de oxigênio no nariz, e quase que o oxigênio não era suficiente pra dar sustentação por aquilo que tinha visto. Eu acho que a equipe fez uma partida fora da curva, muito no que diz respeito à atitude. Em decisão, qualidade técnica é importante, mas garra, determinação, senso de merecimento, isso são coisas muito importantes num jogo decisivo. Por isso que eu acho que a postura da equipe não pode se repetir em termos de passividade.

Qual a postura na decisão?

– Decisão você tem que ter o espírito de decisão. Eu acho que isso não pode faltar. Se nós analisarmos os últimos dois, três anos desse clássico, talvez, o resultado que mais ocorreu foi empate. Então é um jogo decidido em detalhe. Tem sido um jogo muito equilibrado. Quando tem vitória, é sempre mínima. O nível de concentração nosso tem que ser muito alto para que o time não cometa alguns erros que vem cometendo e tirando a paciência do torcedor, e dez vezes mais a minha, diga-se de passagem.

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