Felipe avalia sua trajetória no Botafogo-PB e fala em seguir em frente: “Vem me fazendo feliz”
   10 de maio de 2021   │     17:00  │  0

Felipe posa com troféu de craque do jogo após estreia pelo Botafogo-PB, em março do ano passado, pela Copa do Nordeste — Foto: Reprodução/Instagram

Felipe posa com troféu de craque do jogo após estreia pelo Botafogo-PB, em março do ano passado, pela Copa do Nordeste — (Foto: Reprodução/Instagram)

Goleiro segue em busca da primeira taça pelo time paraibano e revela o que motivou sua permanência no Belo no pior momento do clube na última temporada.

Apareceu essa oportunidade através do Léo Moura. Eu estava de férias, e o Léo me ligou: “Cara, pode vir. A torcida é fanática. O clube dá uma estrutura boa de trabalho. Vem para cá, porque aqui é bom”

Se a passagem de Léo Moura pelo Botafogo-PB não rendeu boas lembranças aos torcedores alvinegros, a deixa que o ex-lateral-direito deu para que Felipe viesse defender as cores do Belo precisa ser enaltecida. Afinal, isso sim, deu muito certo. E, desde que estreou pelo time paraibano, o goleiro tem sido sinal de segurança na meta botafoguense, de lealdade ao clube e de esperança em busca de títulos e do sonhado acesso à Série B do Brasileiro.

O sentimento que Felipe tem transmitido a quem veste as cores do Botafogo-PB é como se fosse uma recompensa do experiente arqueiro ao voto de confiança que a diretoria alvinegra depositou em sua contratação, em janeiro de 2020, e, posteriormente, na suada renovação de seu vínculo, também em janeiro, só que deste ano.

Antes de retornar ao futebol brasileiro, Felipe estava no Kisvárda FC, da Hungria, e declarou que sentia falta do clima mais quente das arquibancadas do futebol brasileiro, por onde já tinha defendido Vitória, Bragantino, Corinthians e Flamengo. Os principais palcos do futebol nacional continuam sendo uma realidade distante para ele.

Pelo Botafogo-PB, o camisa 1 conheceu mesmo o calor do Almeidão. Mas, com torcida, foi pouco tempo de desfrute. É que, com a pandemia do novo coronavírus, ele só jogou diante do público botafoguense em duas oportunidades. Logo em sua estreia, contra o Imperatriz, pela Copa do Nordeste, um pênalti defendido marcou a sua primeira defesa como atleta do Belo. Foi aí que começou de vez a sua história no clube, também provando, no gramado, de que ele, à época com 35 anos, ainda tinha muito a render no futebol.

– (Mais de) Um ano que eu estou aqui. A minha primeira defesa foi um pênalti, na minha estreia na Copa do Nordeste. Infelizmente não conseguimos o objetivo do acesso (à Série B). Mas eu pude me destacar novamente. Foi muita festa pela minha permanência. Fizeram até campanha pela minha permanência, porque viram que eu podia render e não vim a passeio, como muitos pensavam, apesar de que as praias aqui são lindas. Virei capitão do time no meio da temporada e mostrei, dentro de campo, que não estou jogando só com o nome – disse.

Recusa de proposta do CSA e gratidão ao Belo

As boas atuações de Felipe pelo Botafogo-PB fizeram com que o mercado da Série B do Brasileiro crescesse o olho no jogador. Houve sondagem, formalização de proposta e muito temor nos bastidores do Belo. No entanto, o esforço feito pelo clube pessoense para que ele pudesse defender o o time na temporada 2020 foi motivo fundamental para que a negociação com o CSA não andasse. Ou melhor, ele recusou a proposta recebida pela equipe alviazulina.

– O Botafogo-PB fez um esforço muito grande para que eu pudesse permanecer. Tive propostas de Série B no ano passado. Eu estava com o contrato na mão, do CSA, e optei pela permanência aqui no Botafogo-PB. Não seria justo, no momento ruim que a gente vivia, um dos destaques da equipe abandonar o barco. Eles foram lá na Hungria atrás de mim. Quando eles mais precisavam de mim, eu não poderia ter largado eles. Permanecemos (no clube e na Série C). Não conquistamos os títulos, mas rebaixamos o nosso maior rival para a Série D, que foi o Treze – relembrou.

Blog com ge.globo/PB