Flamengo do ataque temido e qualidade técnica faz jus à fama, mas precisa de equilíbrio
   21 de abril de 2021   │     21:45  │  0

Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta deram trabalho ao Vélez — Foto: Reuters

Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta deram trabalho ao Vélez — (Foto: Reuters)

A qualidade técnica, o poder ofensivo e de reação mostrado na vitória de virada por 3 a 2 sobre o Vélez Sarsfield, terça, na Argentina, mostraram o motivo de o Flamengo ser considerado um dos favoritos ao título da Libertadores. Mas o time que conquistou respeito e admiração no continente – com méritos – ainda tem que olhar para si para corrigir algumas fragilidades.

A vitória maiúscula é um feito a ser comemorado e é natural que sobressaia ao que não deu certo. Ainda mais com o tempero de o último triunfo em território argentino ter pela Libertadores ter sido em 82, no 3 a 0 sobre o River Plate. Ponto para Ceni.

O Vélez mudou sua forma de jogar para tentar surpreender o Flamengo, que teve mais posse e controlou a partida na maior parte do tempo. O problema era sem a bola, quando o time tinha que preencher espaços e anular o jogo vertical dos argentinos.

No lance do primeiro gol, Diego e Gerson deram espaço, foram marcar o mesmo adversário, e Gustavo Henrique vacilou na tentativa de desarme. Opção de Ceni para substituir o suspenso Rodrigo Caio, o zagueiro não teve uma atuação segura. O time pela quarta vez seguida saiu atrás no placar.

O até então inofensivo Vélez foi letal, mas o Flamengo, o que vai bem com a bola no pé, reagiu. Diego e Gerson se recuperaram e fizeram um bom jogo. Foi o camisa 8, o da qualidade técnica, quem achou Arão sozinho para fazer o gol de empate.

Os argentinos voltaram a ficar na frente do placar em vacilo coletivo na bola parada. Foi quando Arrascaeta e Gabigol entraram de vez no jogo e resolveram, como de costume.

O camisa 9 já tinha sido servido pelo uruguaio em lance que o goleiro salvou. Mas Gabi sofreu um pênalti e converteu com categoria. E Arrasca, que já tinha feito golaço de fora da área no título da Supercopa, desta vez acertou o ângulo com o pé esquerdo.

O Flamengo da qualidade técnica e poder ofensivo venceu um dos adversários mais difíceis do grupo, é líder e ganhou moral para a sequência da Libertadores. Para confirmar a expectativa do continente, precisa do equilíbrio que ainda não encontrou mas terá a oportunidade de crescer durante a competição.

Blog com Fred Huber — ge.globo/Rio de Janeiro