Abel, sobre pichações da torcida do Palmeiras: “Quando o técnico for o problema, nós resolvemos”
   19 de abril de 2021   │     19:15  │  0

Abel Ferreira em Botafogo-SP x Palmeiras — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Abel Ferreira em Botafogo-SP x Palmeiras — (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Após o empate por 0 a 0 com o Botafogo, em Ribeirão Preto, pelo Paulistão, o técnico Abel Ferreira falou sobre os protestos de torcedores do Palmeiras, que picharam os muros do Allianz Parque na última sexta, depois da derrota para o São Paulo.

Em tom duro, o treinador sugeriu que deixará o Palmeiras se entender que é um problema para o clube.

– Quando olhamos para o copo meio cheio… Quero deixar um aviso para toda a gente: quando eu for o problema do clube, eu deixo de ser o problema do clube. Da mesma maneira que decidi em um dia vir para cá, quando o treinador for o problema do clube, nós resolvemos – disse.

Abel também lamentou o episódio e pediu que os torcedores valorizem o que o atual grupo do Palmeiras conquistou sob seu comando.

– Prefiro valorizar todo o apoio que tivemos hoje. As pessoas têm pouca memória. Mas eu gosto de futebol, é disso que vivo. As pessoas valorizam a parte negativa. Não tem problema nenhum. Podem pintar o que quiserem, xingar o que quiserem, a gente vai lá no outro dia e pinta, lava, coloca verde outra vez – falou.

– Eu só quero que aqueles torcedores que escrevem o que quiserem, se lembrem um pouco do trajeto que esses jogadores e esse técnico fizeram. Temos de pensar todos muito bem, o presidente, os jogadores, o treinador, que somos um. Se somos um só quando ganhamos, então temos de repensar o nosso lema. Ou somos todos um ou então não estou aqui a fazer nada, se pensarmos assim, não estou aqui a fazer nada.
Abel Ferreira também evitou novamente criticar o calendário pela sequência de jogos. Não visão dele, alguém da diretoria tem de se pronunciar sobre a situação.

– Sempre sou eu a dar a cara sobre isso. Não sou eu que decido, que organizo. Sou o treinador. Não vou mais falar sobre questões políticas, sobre essas questões alguém do clube tem que dar a cara, pois eu não vou falar mais sobre essas questões.

Utilização dos garotos da base

– Estamos a trabalhar com 13 jogadores no profissional. O Palmeiras tem um dos maiores orçamentos. Não sei se é o Patrick que ganha muito, o Menino, ou o Garcia, o Vinicius… Vocês sabem qual é o futuro do clube, é por aí que nós vamos. Gostando ou não, essa é a identidade do clube. Os garotos estão se portando bem, temos dado oportunidade a todos. Patrick, Danilo, não são contratados, são criados por nós. Recebem pouco e produzem muito. É isso que queremos. Eles têm produzido. Foi uma aposta do passado e vai continuar a ser. Temos de olhar para baixo, é ali que temos de buscar reforços, na base.

Blog com ge,globo