Volta de Rafinha ao Flamengo esbarra em despesas acumuladas em 2021
   19 de março de 2021   │     10:00  │  0

A firmeza do Flamengo na negociação com Rafinha, (foto acima/EXTRA), travada há alguns dias, ilustra o compromisso do clube em não gastar ainda mais do que pode. O principal motivo é que o ano de 2021 concentra uma série de despesas oriundas da temporada anterior e de 2019, quando houve alto investimento em contratações. Por isso, quando olha para o que precisa honrar, a diretoria sinaliza ao lateral-direito que para jogar novamente no clube só ele terá que ceder.

Aos 36 anos, Rafinha treina no aguardo de uma definição. Ao manter a forma na praia e na academia, exibe um trunfo do Flamengo: a cidade do Rio. O jogador tem casa recém-comprada e família adaptada, e dá preferência ao clube de onde saiu em 2020 para jogar na Grécia.

Mas foi também em 2020 que o Flamengo negociou o adiamento de dois meses de direito de imagem para 2021, na primeira onda da pandemia de Covid-19, quando o futebol brasileiro parou. Os pagamentos estão sendo feitos ao longo de todo este ano e se somam a uma folha salarial altíssima. E ao fato de que a previsão de receitas com bilheteria e sócio-torcedor despencou.

A perspectiva de investimento é a partir da realização de vendas de alguns jogadores. É o Flamengo vendendo o almoço para pagar a janta na janela de julho. Ou seja, conseguir reforçar o time com peças de maior calibre só mais adiante.

Além disso, no momento, o clube entende que Rafinha seria bom para o elenco. Mas outras posições são mais carentes. Soma-se o fato de que o lateral quer acrescentar luvas no novo contrato até dezembro, o que é alvo de críticas. Até por que o jogador recebeu a bonificação quando fechou em 2019.

Entre os que cercam o futebol, o final feliz para a volta de Rafinha ao Flamengo é improvável. Até agora, as partes seguem sem uma nova tentativa de acordo. E o prazo final é essa semana até o jogador abrir para propostas de outros clubes.

Blog com EXTRA