O jovem zagueiro aposentado Dener machado, de apenas 23 anos, entrou na Justiça contra o Flamengo. A atleta se aposentou em janeiro deste ano em decorrência de graves lesões nos joelhos. As acusações de Dener são de que o Departamento Médico do clube errou no tratamento de suas lesões, até deixá-lo inválido. Os advogados pedem uma indenização no valor de $4,2 milhões.
AS LESÕES
Dener passou por procedimentos no joelho direito e outras duas no esquerdo, sendo essas duas, em tese, responsáveis pela sua aposentadoria. Segundo os advogados, o zagueiro não teve o tratamento ideal após as cirurgias, e que mesmo alegando dores no processo de recuperação, os médicos orientavam para que continuasse a transição para o campo, e que os incômodos sentidos eram normais.
Já no campo, e com dores, o atleta alegou ter sofrido um novo entorse no joelho. Após mais exames, uma cirurgia deveria ter sido feita na opinião do atleta e dos médicos consultados, mas o clube optou por não faze-la. Após esse episódio, Dener procurou o Figueirense, clube a quem pertencia, e os médicos do clube catarinense prontamente recomendaram uma cirurgia, que os médicos do Flamengo tentaram convencer o atleta a não realizá-la. Porém a cirurgia foi feita no dia 22 de junho de 2018 e Dener ficou 20 dias a deriva, sem acompanhamento do clube, que estava em recesso durante a Copa do Mundo.
“Nesses 20 dias, não houve acompanhamento de nenhum profissional. Por conta desse período, o joelho esquerdo enrijeceu, ficou “duro”, causando fibrose, que foi diagnosticada meses após”, declarou o atleta.
APOSENTADORIA
Em março de 2019, quase um ano depois do ocorrido, Dener pediu a rescisão de seu contrato mesmo contra sua vontade, e voltou para o Figueirense. Onde ainda realizou mais uma cirurgia para tentar reverter os danos da fibrose, mas sem sucesso, e após o resultado de vários exames, o zagueiro recebeu uma recomendação médica para parar de jogar futebol profissionalmente.
Os advogados alegaram despreparo e negligência por parte da equipe rubro negra, além de afirmarem que o clube não mantinha seguro obrigatório por acidente de trabalho, o atleta também pede indenização por danos morais e reparação de danos materiais pela interrupção da carreira e estabilidade provisória.
O FLAMENGO
O clube carioca foi procurado, e o departamento jurídico emitiu uma nota. O caso ainda será julgado e uma batalha judicial está pela frente.
“O Vice-Presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, esclarece que o atleta não tem qualificação técnica para apontar erro médico em seu caso. Na avaliação dos profissionais médicos do clube não houve qualquer erro de procedimento no atendimento ao atleta. Se o atleta se julga prejudicado, deve então buscar o judiciário”.
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