Internacional precisará vender mais jogadores para aliviar caixa (Foto: Ricardo Duarte)
Brigando pelos primeiros lugares na Série A, o Internacional vive bom momento do ponto de vista esportivo. Mas, precisa trabalhar para que a situação continue favorável no longo prazo. No aspecto financeiro, dívidas fazem pressão sobre a gestão de Marcelo Medeiros.
No decorrer desta semana, o ge analisa em textos individuais as finanças dos principais clubes que publicaram balancetes – documento feito pelos departamentos financeiros com a visão parcial das finanças até 30 de junho.
Dívidas, dívidas
Nos seis meses iniciais de 2020, o endividamento do Internacional subiu mais uma vez e chegou a R$ 581 milhões. É a quantia mais alta já registrada pelo clube em sua história.
Ao separar as dívidas pelo vencimento, é possível distinguir R$ 400 milhões a pagar no curto prazo – em menos de um ano. Quase 70% sobre o total. Também é a primeira vez que tal marca é alcançada.
A parte positiva é a redução dos empréstimos de longo prazo. Mas não chega a ser animadora. Essas dívidas chegaram mais próximas do vencimento, o que fez com que passassem para o curto prazo.
Fornecedores são prestadores de serviços, na maior parte. Esta linha registrou um aumento expressivo, sinal de que pode haver problemas com cobranças extrajudiciais e judiciais caso não haja acordos.
Nas contas a pagar, estão direitos de imagem de jogadores e aquisições de direitos de atletas. Não houve um aumento entre dezembro e junho, mas o valor total é relevante: R$ 146 milhões. Muito da qualidade que o torcedor vê em campo, na briga pelo topo do Campeonato Brasileiro, está contida nesta parte do balanço patrimonial.
Blog com ge.globo