Esteve claro que o sexto clássico entre Fluminense e Flamengo seria diferente dos anteriores logo quando as escalações foram divulgadas. Os desfalques aos montes obrigaram Odair Hellmann e Domènec Torrent a tentarem algo novo. Neste embate de estratégias, melhor para o lado Rubro-Negro que venceu por 2 a 1 ontem, no Maracanã, e mostrou porquê a palavra evolução é frequente quando se fala do trabalho do técnico catalão.
Não houve dúvida de que os desfalques afetaram mais o Fluminense. Sem Evanilson, vendido ao Porto, e Fred, que era dúvida até pouco antes de a bola rolar — mas acabou jogando —, a solução de Odair foi testar Nenê de falso 9. Não deu certo. Se havia qualquer estratégia, acabou com sete minutos.
Quando Isla cruzou bola na área e Arrascaeta cabeceou com perigo, Muriel até salvou com uma boa defesa. Mas o rebote de Filipe Luís abriu o placar e praticamente definiu o que seria visto durante os 90 minutos.
O Flamengo não pareceu sentir falta de Diego Alves ou Bruno Henrique. Pelo contrário. As entradas de Diego Ribas e um avançado Arrascaeta melhoraram a equipe. Se os atletas tricolores trombavam entre si pela falta de entrosamento, os Rubro-Negros sabiam exatamente onde cada companheiro estava.
A falha de Muriel no gol de Gabigol pode parecer algo isolado, mas não se engane: se não fosse neste lance, o Flamengo teria ampliado nas inúmeras outras oportunidades que teve.
Everton Ribeiro teve gol anulado por impedimento. Já Gabigol e Willian Arão obrigaram Muriel a fazer belas defesas. No fim, mais pareceu um jogo-treino de um Flamengo já pensando no próximo jogo e o Fluminense que descontou com Digão.
Aos Tricolores, restou ver a equipe melhorar minimamente após a entrada de Fred. Ainda muito pouco para reagir no clássico.
O próximo adversário do Fluminense será o Corinthians, domingo, dia 13/09, às 16 horas, em São Paulo. O Flamengo, também fora de casa, vai enfrentar o Ceará, no Castelão, na mesma data, mas às 18 horas.
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