Dirigente usou dinheiro do clube para pagar dívida pessoal
   24 de agosto de 2020   │     0:05  │  1

Inquérito aponta que Itair usou dinheiro do Cruzeiro para pagar dívidas pessoais (Foto: Paulo Galvão)

A primeira parte das investigações da Polícia Civil, que indiciou sete pessoas (ex-três dirigentes do Cruzeiro e quatro empresários), concluiu que pelo menos três dívidas pessoais do ex-vice-presidente de futebol da Raposa, Itair Machado, foram pagas com o dinheiro do clube, a partir de negociações envolvendo atletas da agremiação.

Cobertura em Nova Lima

Uma das operações foi para pagar uma cobertura em um condomínio de luxo em Nova Lima, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. O imóvel é avaliado em R$ 6 milhões e pertence ao edifício Chatêau Morgaux, condomínio Bordeaux. Pelo menos uma parte do valor – R$ 3,7 milhões – foi quitada pelo empresário Cristiano Richard dos Santos Machado.

Richard teve relação com o Cruzeiro revelada pelo Fantástico em 26 de maio de 2019, quando o programa mostrou que o empresário do ramo de equipamento de proteção individual firmou contrato com o clube, acertando empréstimo de R$ 2 milhões.

Um mês depois, as partes firmaram novo acordo. Nele, o Cruzeiro afirmou não ter condições de pagar a quantia e disponibilizou parte dos direitos econômicos de 10 atletas, incluindo uma criança de 11 anos, na época.

“Em data aproximada, esse mesmo empresário realiza pagamento de R$ 3,7 milhões a uma construtora para pagar parte de apartamento a um então dirigente do Cruzeiro. O que eles tentaram alegar, em suas defesas, seria que o pagamento dos mais de R$ 3 milhões seria em decorrência de um contrato de mútuo, contrato esse que sequer possui data de pagamento ao ex-dirigente e garantias. O empresário, então, seria beneficiado com os direitos federativos dos jogadores”, apontou o chefe da Divisão Especializada em Investigação de Fraudes, Domiciano Monteiro.

Itair Machado, Sérgio Nonato (ex-diretor geral do clube) e Wagner Pires de Sá (ex-presidente) foram indiciados, na última semana, pelos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. O Ministério Público de Minas Gerais analisa o inquérito para avaliar se oferece ou não denúncia.

Por meio de nota, o Cruzeiro analisa que medida tomar quantos às irregularidades apresentadas.

“O Cruzeiro reconhece que há diversas transações que indicam possíveis tendências prejudiciais ao Clube. O Departamento Jurídico tem analisado e mapeado todas as situações e traçado estratégias para tomar as medidas que julga necessárias e cabíveis nos momentos oportunos, para que não se prejudique a própria eficácia de sua atuação”.

Blog com informações do ge.globo

 

COMENTÁRIOS
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  1. um ALAGOANO

    Todo clube de futebol deveria ter nos seus estatutos normas pra evitar que presidentes pilantras causem danos ao clube e sejam punidos judicialmente por crimes financeiros contra o clube. Mensalmente deveria haver uma divulgação das atividades financeira e o clube só comprar jogadores caso haja dinheiro em caixa e só poderia ultilizar 90 % de todo o dinheiro arrecadado na temporada preservando assim a saúde financeira do time.

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