Na última sexta-feira houve uma videoconferência da diretoria do Barça, conduzida pelo presidente Josep Maria Bartomeu, para entender o tamanho do impacto da crise da pandemia nas atividades do Barcelona. Recomendações de proteção à saúde nortearam as medidas sugeridas, mas a questão financeira também esteve à mesa. De acordo com o “As”, da Espanha, os principais executivos do clube passarão a reportar quase que diariamente a evolução das contas.
– O conselho fez uma primeira aproximação a diferentes cenários e a possíveis medidas que convém tomar com o objetivo de minimizar todos os impactos econômicos – explica o clube, em comunicado oficial.
O orçamento de mais de € 1 bilhão tem como pano de fundo o início de fato do projeto “Espai Barça”, que pretende transformar completamente as instalações do clube que serve de casa para o time feminino e a equipe sub-19. Mas o principal ponto é a reforma do Camp Nou.
Enquanto estuda como consolidar a iniciativa “Espai Barça”, o Barcelona também precisa atender a um problema corrente: o custo da folha salarial mais alta da Europa. A projeção do investimento com salários e amortizações é de € 642 milhões para o ano. Esse gasto correspondia a 70% do faturamento na temporada 2017/2018, desceu para 66% na última e a previsão era de chegar ao próximo mês de junho a 61%.
A chegada do novo coronavírus impactou as finanças do clube de maior faturamento no mundo de várias maneiras. O Barcelona foi obrigado a encerrar temporariamente as atividades de seu museu, o mais visitado da Catalunha (mais de 1,5 milhão de pessoas por ano). Segundo o “As”, isso vai provocar a perda de € 1 milhão por cada dia de portas fechadas. As lojas no Camp Nou e Las Ramblas também estão com funcionamento suspenso, então vai ser difícil atingir os € 23 milhões estipulados.
Blog com Globo Esporte
