Final da Libertadores pode ser dia 30 no Chile ou Paraguai
   5 de novembro de 2019   │     13:00  │  0

Uma reunião às 14h30 desta terça-feira, na sede da Conmebol, no Paraguai, vai servir para definir a data e o local da final da Copa Libertadores, entre Flamengo e River Plate. Há grande possibilidade de mudanças na data (23 de novembro) e/ou no local (Santiago) inicialmente previstos.

Os protestos que há três semanas sacodem o Chile preocupam os organizadores da partida. Na noite de ontem, fotos e vídeos com cenas violentas ocorridas no país andino circularam nos telefones celulares dos dirigentes da Conmebol.

A confederação trabalha com o seguinte cenário, que pretende expor aos clubes:

  • Nas condições atuais, é muito difícil que se mantenha o jogo em Santiago e no dia 23
  • Um adiamento para o dia 30 permitiria tempo para que a situação no Chile se acalme, assim como também permitiria a preparação de um plano B
  • O plano B é Assunção, no Paraguai, onde também disputará a final da Copa Sul-Americana.

Ou seja: é possível que a final da Libertadores seja remarcada para o dia 30 de novembro, também um sábado, para o estádio General Pablo Rojas, apelidado de “La Nueva Olla”, a casa do Cerro Porteño.

Outros países foram analisados e, por ora, descartados, por motivos variados — mas podem voltar à mesa durante ou depois da reunião desta terça-feira. Vai depender da reação dos clubes ao que a Conmebol apresentar.

Sim, a confederação recebeu ofertas para abrigar a final da Copa Libertadores fora do continente, como aconteceu no ano passado, quando Boca Juniors e River Plate decidiram o torneio em Madri. Mas ninguém na Conmebol leva a ideia a sério, justamente pelo trauma de 2018.

A Conmebol quer consenso. Por isso também chamou para a reunião os presidentes da CBF, Rogério Caboclo, e da AFA, Claudio Tapia. Os campeonatos nacionais de Brasil e Argentina seriam diretamente afetados por essa mudança de data.

Uma vez que se decida mudar data ou local da final, vários outros problemas naturalmente surgem:

  • A distribuição de ingressos será a mesma?
  • Como serão indenizados os torcedores que já compraram ingressos ou já pagaram por hospedagem e passagens para Santiago?
  • Como fica a logística dos times (quando chegam, onde treinam etc)?

Tudo isso será discutido nesta terça-feira no Paraguai. Ao mesmo tempo em que essa reunião se desenrola no Paraguai, os jogadores de futebol do Chile, a ANFP (Associação Chilena de Futebol) e autoridades do país andino vão avaliar a ideia de retomar a disputa do Campeonato Chileno, paralisado há três semanas.

Esse movimento será crucial para a decisão a ser tomada pela Conmebol e por Flamengo e River Plate. Ontem, o prefeito de Santiago deixou claro que condiciona a realização da final da Libertadores dependia da retomada do futebol local.

Na semana passada, o Chile já havia emitido o primeiro sinal de que seria difícil organizar a final da Libertadores. Foi quando anunciou o cancelamento da COP-25 (Conferência Mundial do Clima da ONU) e a APEC (Cúpula da Cooperação Econônica Ásia-Pacífico).

Na ocasião, porém, a ministra de esportes do Chile, Cecília Perez, deu uma entrevista coletiva na qual anunciou que a partida ficaria em Santiago. Consultado pelo GloboEsporte.com na tarde passada, o ministério do esporte chileno respondeu que mantinha o “compromisso” de receber a final da Copa Libertadores em 23 de novembro.

Blog com Globo Esporte