Chile mantém final da Libertadores entre Fla e River Plate
   31 de outubro de 2019   │     15:00  │  1

Cecilia Perez, ministra do Esporte

A Ministra do Esporte do Chile, Cecilia Perez, (foto acima/Divulgação), informou ontem que a final da Libertadores está mantida em Santiago, no dai 23 de novembro, apesar de a Conmebol já avaliar uma opção em razão dos protestos no país.

– Ratifiquei a nossa firme vontade de realizar a final da Copa Libertadores. Para isso o Ministério do Interior está em conversas com a Conmebol. Uma partida como essa faz bem ao país. Queremos levar esse encontro esportivo adiante – afirmou a ministra.

– O que nos compete a fazer é realizar todas as coordenações para que a final da Libertadores aconteça sem nenhum problema – emendou.

Responsáveis por organizar a partida no Estádio Nacional de Santiago informaram ao Flamengo que não houve qualquer orientação da Conmebol para o cancelamento, por enquanto.

A entidade se manifestou nas redes sociais em seguida:

“Agradecemos o compromisso mostrado pelo Governo do Chile para garantir as condições de segurança para a celebração da Final Única da CONMEBOL @Libertadores 2019. A final é a celebração do futebol com e para o povo chileno. Seguimos avançando”, diz o comunicado.

Pela primeira vez a Conmebol reavalia a final da Libertadores no Chile. Depois de dois eventos internacionais serem cancelados pelo presidente da república, Sebastian Piñera, a entidade colocou em xeque a disputa entre Flamengo e River em Santiago.

O GLOBO apurou que na manhã passada os dirigentes da Conmebol flexibilizaram o discurso e não descartam encontrar um outro local para sediar a decisão. O problema é exatamente atender a todos os requisitos para mandar a final para outro país. Fora os transtornos para os torcedores que já compraram ingressos e passagens.

Ao Flamengo não agrada em nada a troca de sede da final. Sobretudo se sair da América do Sul. O clube, porém, deixa a critério da Conmebol e da CBF, que poderia ter que mexer nas rodadas do Brasileiro para adequar à logística de viagem rubro-negra. A diretoria acredita que o Uruguai ganha força se o Chile sair de cena.

Prós e contras de alguns locais para onde pode ir a final:
Lima, no Peru
Em termos logísticos, a capital peruana seria um dos cenários mais adequados para receber a final da Libertadores. Lima chegou a fazer parte da concorrência, mas foi preterida por Santiago. Inicialmente, seria lá também a final da Sul-Americana, mas a Conmebol mudou para Assunção “por questões organizacionais”. É um país neutro no embate entre brasileiros e argentinos.

Bogotá, na Colômbia
O país será sede do pré-olímpico em janeiro de 2020. Um dos membros do Conselho da Fifa é colombiano, o que aponta a força política atual. Também entra na lista de países neutros.

Assunção, no Paraguai
A Conmebol não cogita, a princípio, usar a cidade para uma eventual substituição a Santiago por entender que a capital paraguaia não tem estrutura para receber brasileiros e argentinos ao mesmo tempo numa decisão. Assunção já receberá a final da Sul-Americana, em 9 de novembro.

Montevidéu, no Uruguai
O Flamengo é frontalmente contra usar a capital uruguaia para uma eventual realocação da final da Libertadores. O argumento é a proximidade à Argentina, o que facilitaria o clima para o River.

Brasil/Argentina
Ainda que Santiago não tenha condições, a Conmebol não colocará a final da Libertadores em Brasil ou Argentina. Tampouco fará a decisão em dois jogos. O governador do Rio, Wilson Witzel, chegou a oferecer o Maracanã, que já receberá a final em 2020. Mas foi em vão.

Blog com EXTRA

COMENTÁRIOS
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  1. Santos

    É uma temeridade a realização da decisão da Libertadores 2019 em Santiago, no Chile, em virtude dos problemas que passa o país nesse momento. Se a partida não pode ser realizada na Argentina ou no Brasil, que outro país que não tenha os problemas de segurança que tem o Chile hoje.

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