Bom desempenho em mundiais 2019 projeta pódios em Tóquio 2020
   21 de outubro de 2019   │     0:03  │  0

Pamela Rosa e Rayssa Leal festejam ouro e prata no Mundial de skate street: brasileiras são favoritas à medalha olímpicaPamela Rosa e Rayssa Leal festejam ouro e prata no Mundial de skate street: brasileiras são favoritas à medalha olímpica (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

O desempenho do país nos Mundiais (ou competições equivalentes) em 2019 projeta que o Time Brasil possa conquistar, na Olimpíada de Tóquio 2020, um número de medalhas próximo ao que ganhou no Rio 2016, quando os investimentos do governo federal em preparação chegaram a R$ 1 bilhão

Na última Olimpíada, em casa, o Brasil conquistou 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes, ficando em 13º lugar e muito perto de atingir um histórico top 10 entre as principais potências olímpicas.

Mas será que os 5 ouros, 6 pratas e 6 bronzes conquistados até aqui nos Mundiais de 2019 (segundo levantamento do EXTRA) garantem que o país irá repetir o desempenho em Tóquio?

— O ano anterior aos Jogos é quando temos uma avaliação muito boa de nosso parâmetro de resultados (para a Olimpíada) a partir dos Campeonatos Mundiais — diz Jorge Bichara, diretor de esportes do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Até dezembro, o país pode ganhar mais “medalhas”, com o encerramento do Circuito Mundial de surfe, no qual Gabriel Medina lidera, seguido por Filipe Toledo.

— Há alguns anos, o circuito foi modificado para ter etapas só em locais com boas ondas. E os brasileiros passaram a dominar — conta Marcelo Andrade, comentarista da modalidade.

— No Japão é uma onda temperamental. Depende do dia. É como pôr Flamengo e Grêmio para jogar na rua Bariri — compara, dando a entender que os brasileiros terão dificuldade.

Os novos esportes olímpicos podem inflar a campanha. Além do surfe, o skate, outro estreante, traz boas possibilidades, nas duas modalidades: street e park.

— Em todos os eventos da corrida para classificação olímpica tivemos dobradinha no pódio feminino do street e dois pódios masculinos. Então, é tangível até uma dobradinha (na Olimpíada) — espera Rogério Mancha, consultor técnico do street da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).

— Ganhar medalha é a meta. Superar o resultado do Rio é um desafio. Vamos trabalhar para isso — diz Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô, referindo-se a um ouro e dois bronzes obtidos em 2016.

Alguns esportes apostam em medalhas graças a talentos que brilham no novo ciclo olímpico, como Nathalie Moellhausen (esgrima) e Bia Ferreira (boxe), campeãs mundiais neste ano.

— A Bia chegou no momento certo. Tem potencial excelente — festeja Mauro José da Silva, presidente da confederação de boxe.

— A Nathalie chega a Tóquio com muita experiência — afirma Ricardo Machado, presidente da confederação de esgrima, referindo-se à esgrimista, que anteriormente competiu pela Itália.

Há ainda esportes em que o Brasil não ganhou medalha na principal competição de 2019, mas tem chance de pódio olímpico. É o caso de maratona aquática, vôlei masculino e vôlei de praia.

Blog com EXTRA