União já gastou R$ 880 milhões com autódromo de Interlagos
   14 de maio de 2019   │     0:02  │  0

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Sob risco de perder o status de casa da F-1 no Brasil para o Rio de Janeiro, o autódromo de Interlagos, (foto acima/G1 – Globo), recebeu investimento público de ao menos R$ 880 milhões (em valores corrigidos pela inflação) ao longo dos últimos 29 anos em que sediou o GP Brasil, segundo levantamento realizado pela reportagem com base em informações de contratos publicados no Diário Oficial.

O levantamento considera apenas os valores que foram direcionados para obras realizadas no local para atender a exigências da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e da FOM (Formula One Management, antiga proprietária da F-1) para manter no autódromo as provas da categoria.

O valor é superior aos R$ 697,4 milhões que deverão ser gastos para a construção do autódromo do Rio, na região de Deodoro. A intenção nesse caso é que o custo seja arcado pela iniciativa privada.

A realização do GP Brasil em São Paulo ajudou a movimentar a economia da cidade. Em 2018, estima-se que o evento movimentou cerca de R$ 334 milhões com turismo, um crescimento de 19,2% frente aos R$ 280 milhões registrados em 2017, segundo dados da SPTuris.

Não à toa, com a ameaça de perder a F-1 depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou termo de cooperação com objetivo de levar as provas para o Rio, o prefeito Bruno Covas e o governador de São Paulo, João Doria (ambos do PSDB), tentam renovar por mais dez anos o contrato com a F-1, vigente até 2020.

Atualmente, o projeto de privatização de Interlagos está congelado, à espera do início das discussões sobre a Operação Urbana Jurubatuba na Câmara Municipal.

O primeiro GP Brasil de F-1 foi realizado em 1972, em Interlagos. Nos anos 1980, a prova se mudou para o Rio de Janeiro, no autódromo de Jacarepaguá, onde ficou até 1989. No ano seguinte, voltou para Interlagos, circuito em que permanece até hoje.

Blog com Folhapress