Marin vende patrimônio imobiliário por R$ 37 milhões para pagar multas
   18 de abril de 2019   │     0:02  │  0

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O ex-presidente da CBF José Maria Marin, (foto acima/UOL Esporte), se desfez nos últimos dois anos de um patrimônio imobiliário adquirido em mais de três décadas para conseguir pagar despesas com advogados, dívidas processuais e multas nos Estados Unidos. Com as vendas, ele arrecadou R$ 37 milhões.

O ex-governador de São Paulo está preso na penitenciária de Allenwood, nos EUA, condenado a quatro anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, fraude bancária e lavagem de dinheiro cometidos no período em que presidiu a CBF, de 2012 a 2015. Ele teria recebido U$ 6,5 milhões (R$ 25,3 milhões pelo câmbio atual) de propina para assinar contratos de direitos comerciais da Libertadores, Copa do Brasil e Copa América. Marin nega os crimes.

Quando foi preso, em maio de 2015, na Suíça, ele tinha quatro imóveis registrados em seu nome na cidade de São Paulo. Hoje, possui apenas uma sala comercial na Avenida Paulista, de acordo com registros em cartórios obtidos pelo Estado. Os advogados de Marin confirmam as transações, mas só se pronunciarão após os recursos apresentados pelo brasileiro serem julgados na Corte Americana.

Entre fevereiro de 2017 e dezembro de 2018, o ex-dirigente, de 86 anos, vendeu três imóveis (um apartamento, um casarão e um prédio comercial) e arrecadou R$ 37 milhões com os negócios. Boa parte do dinheiro foi usada para pagar multas relacionadas ao processo aberto contra o dirigente nos EUA.

Para pagar as contas, o cartola vem se desfazendo de bens. O último e mais valioso imóvel vendido por ele foi um prédio comercial na Rua Colômbia, no Jardim América, região com um dos metros quadrados mais caros do País. Em dezembro do ano passado, o ex-dirigente vendeu o imóvel por R$ 18,1 milhões. O prédio comercial havia sido comprado por Marin em maio de 1983, poucos dias depois de ele ter deixado o governo do Estado de São Paulo.

Antes, em julho de 2018, o ex-dirigente já havia vendido o apartamento onde morou por mais de duas décadas com a mulher Neuza Augusta Barroso Marin, na Rua Padre João Manoel, no bairro de Cerqueira César. O imóvel, de 609 m² e com cinco vagas de garagem, foi negociado por R$ 7,6 milhões.

Em 2015, quando já estava preso nos EUA, Marin deixou a sociedade da JMN Empreendimentos e Participações. Permaneceram como proprietários sua mulher e o filho Marcus Vinícius Marin. O dirigente banido tentou, com a manobra, se proteger de uma possível tentativa da Justiça americana de pedir o confisco e o bloqueio de seus bens e contas no Brasil.

Mesmo preso, Marin recebe pensão vitalícia do Estado de São Paulo de R$ 20.257,80 por mês, referentes à pensão parlamentar da extinta carteira previdenciária dos deputados paulistas. Recebe desde 1987.

Blog com Terra Esportes