Rescisão livrará Fluminense de contrato incômodo com concessionária do Maracanã
   22 de março de 2019   │     0:03  │  0

Torcida do Fluminense no MaracanãTorcida do Fluminense no Maracanã (Foto: Divulgação)

O Fluminense tem mais motivos para ver com bons olhos o rompimento do contrato de concessão do Maracanã do que a mera oportunidade da “participação mais ativa dos clubes do Rio na administração do estádio”, como citou no início da semana. A avaliação se dá porque a medida do governo do Rio desatará um nó que causa a “sangria” tricolor quando se fala no resultado financeiro das partidas.

Se o contrato com a concessionária vai para o lixo, o mesmo acontecerá com o quarto aditivo, documento firmado entre o Flu e a Odebrecht que rege a atual relação entre as partes. O acordo implicou ao Fluminense gastos que ele não tinha no contrato original. Enquanto a concessionária se responsabilizou pelas contas de luz, água e esgoto, o Flu passou a pagar R$ 100 mil de aluguel por partida e assumiu custos operacionais.

Em 2018, o Flu acumulou déficit de R$ 3,4 milhões no resultado operacional das 24 partidas como mandante no Maracanã. Em 2019, tirando o jogo contra o Antofagasta, cujo borderô não foi divulgado pela Conmebol, o prejuízo é de R$ 1,4 milhão em seis jogos: média de R$ 240 mil por partida.

O presidente do clube na época em que o documento foi assinado era Peter Siemsen. Ele explicou o intuito do contrato, lembrando que a concessionária não tinha reassumido o estádio após a Rio-2016 e até o Flamengo estava sem casa.

— O Fluminense precisava jogar no Maracanã. Enquanto a concessionária não retomava a administração, assinamos um aditivo para que o clube pudesse jogar operando as partidas. O contrato foi assinado por um curto período porque era preciso jogar — disse Peter.

No plano original, o quarto aditivo foi feito para valer de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2016 e o contrato poderia ser prorrogado até 31 de março de 2017.

Por outro lado, a concessionária tem até 19 de abril para deixar o estádio. Depois disso, o governo pretende dar permissão de uso a alguma empresa. A Ferj surge como favorita.

Blog com EXTRA