O mesmo Vasco que esbanja reforços na janela de transferências passou sete dias sem água da Cedae, desde o último dia 28 até sexta-feira passada, por causa de uma dívida de R$ 10 milhões com a fornecedora. Pelo menos Cáceres e Cláudio Winck não ficaram com sede na apresentação em São Januário: carros pipa abasteceram o clube e garantiram o funcionamento da sede.
O problema não afetou o futebol profissional – os testes físicos de começo da pré-temporada acontecem no CT do Almirante, em Vargem Grande, onde o abastecimento de água seguiu normal. Na segunda-feira, elenco e comissão técnica partirão para Atibaia (SP), onde treinarão até o dia 17.
Ainda assim, a questão não deixou de ser um golpe na imagem do clube, que tenta convencer a si mesmo e aos outros que está em um caminho de recuperação financeira. Desde 2010, foi a quarta vez que sofreu com problemas de abastecimento de água, a terceira por dívidas com a empresa estatal. De acordo com a diretoria, a dificuldade que o Vasco tem enfrentado para receber R$ 18 milhões de um empréstimo o impede de cumprir seus compromissos – os funcionários estão com salários atrasados.
Para Lucas Costa da Silva, vascaíno e entregador de água, o cartão de visitas de um clube com problemas de abastecimento de água não é dos melhores.
– É uma vergonha, o jogador está chegando e lê uma notícias dessas, pensa logo se foi uma boa escolha ir para o Vasco – lamentou o torcedor de 23 anos, confiante em relação aos reforços contratados: – Não vão lutar para não cair, isso é certo. Faltam apenas um goleiro e o Diego Souza.
Blog com EXTRA
