Uma confusão entre Governo do Estado do Rio de Janeiro e a concessionária que administra o Maracanã pode ter tido como resultado a perda de vários itens da memória esportiva do Brasil, conforme mostrou reportagem exibida no Jornal Nacional, da TV Globo. A Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude (SEELJE), antiga Suderj, não sabe dizer onde estão as pegadas de mais de trinta ídolos do esporte. Não há um inventário do acervo de 100 peças apenas um “levantamento preliminar”, segundo nota do órgão.
Os visitantes do tour oferecido no estádio encontram, hoje, apenas 28 placas. A exposição foi inaugurada no ano 2000, quando o Maracanã fez 50 anos. A suspeita foi levantada quando Marta, que já havia se tornado a única mulher a colocar seus pés na calçada da fama, em 2007, topou refazer suas pegadas, no início de dezembro. Entre as homenagens desaparecidas, entretanto, estão algumas que não podem ser refeitas como as dos ídolos já falecidos Nilton Santos, Sócrates, e Bellini. O ex-técnico Zagallo, estava indignado com a situação:
– Deu tanto trabalho pra pegar os pés de cada um. Vem uma obra e destroi tudo? Nao é por que a minha está lá. Mas a do Nilton Santos é um nome que tem que ser respeitado, e infelizmente não foi. É um absurdo – reclamou o Velho Lobo em entrevista ao JN.A concessionária que administra o Maracanã desde 2013 afirma que catalogou todos os itens recebidos do Governo do Estado, mas não pode precisar o destino dos itens que não foram entregues.
A nota a SEELJE afirma que “a ausência de nomes ou objetos não significa que não constam no patrimônio” e que tem 41 placas sob seus cuidados, guardadas no Maracanãzinho.
A soma das placas informadas pela Secretaria e as que estão com a concessionária, no entanto, não batem com o número de antes das obras. Há também casos de moldes danificados como os de Renato Gaúcho, Romário e Kaká.
Blog com Terra Esportes
