Inferno no Fluminense: falta dinheiro e sobra confusão
   21 de outubro de 2018   │     0:01  │  0

Pedro Abad, presidente do Fluminense
Pedro Abad, presidente do Fluminense (Foto: Mailson Santana / Fluminense)

 

A turbulência política do Fluminense tem feito o clube se tornar notícia por fatores que nada tem a ver com o que se passa dentro das quatro linhas. No início do ano, uma reunião na sede das Laranjeiras foi invadida por torcedores, o que levou a polícia a ser acionada. Há nove dias, uma briga entre dois conselheiros foi parar na delegacia. Agora, as divergências internas podem virar alvo de uma ação na Justiça comum.

O motivo para este imbróglio é a votação das finanças do ano passado, o que deveria ter ocorrido na última semana. O problema é que, após a identificação de uma série de irregularidades, o balanço de 2016 precisou ser refeito. Com isso, abriu-se um debate sobre a necessidade de se deliberar novamente estas contas antes de se debruçar sobre 2017.

A situação, formada por membros dos grupos Flusócio (do presidente Pedro Abad) e Esportes Olímpicos, não entende desta maneira. E, em votação apertada, conseguiu aprovar no Conselho Deliberativo que as contas do ano passado fossem avaliadas antes. A partir daí, teve início toda uma discussão, que terminou com agressão física e a suspensão da reunião, ainda sem nova data para continuar.

A oposição, por sua vez, entende que não votar 2016 antes foge do que consideram como boa prática jurídica e já estuda pedir a interferência da Justiça comum. Uma ideia que ganha força entre os conselheiros tricolores.

Entre as irregularidades encontradas e que são usadas para justificar a revisão das contas de 2016 estão a antecipação das luvas pagas ao clube pelo televisionamento do Campeonato Brasileiro de 2019 a 2024 e, principalmente, a alteração do resultado final (mudou de um superávit de R$ 8 milhões para um déficit de R$ 13 milhões). Os reajustes levaram o clube a atrasar a divulgação do balanço deste ano, o que fere uma das exigências da Lei Pelé.

A discussão ocorre num momento de desgaste de Pedro Abad. No início do mês, um conselho foi formado para avaliar requerimento que pede o impeachment do mandatário. A reunião que votará seu prosseguimento ainda não foi marcada.

Blog com EXTRA