A edição deste ano do Brasileiro é uma das mais equilibradas da história dos pontos corridos desde 2006 —quando o torneio passou a ser disputado no formato atual, com 20 equipes—, ao lado das de 2009, 2010 e 2011.
“Quero a liderança em novembro, e é difícil porque há muitos jogos pela frente”, disse o técnico são-paulino, Diego Aguirre. “Eu sempre falo a mesma coisa, e gosto de repetir: ninguém fala de título, favoritismo, nada disso. A única coisa que falamos é sobre trabalhar para ganhar o próximo jogo”, completa.
O discurso precavido do treinador uruguaio tem fundamento. Nas outras edições em que a diferença entre os principais postulantes ao título não passava dos oito pontos, o campeão só foi decidido na última rodada. E apenas em 2010 o líder na 25ª rodada acabou ficando com a taça.
Naquele ano, o Fluminense ficou com o título brasileiro após somar dois pontos a mais que o Cruzeiro, o segundo colocado (71 a 69).
Nas outras duas vezes que o campeonato mostrava equilíbrio semelhante, o campeão não ocupava a liderança.
Em 2009, o Flamengo saiu da sétima colocação na 25ª rodada para conquistar o título —assumiu a ponta na penúltima rodada. Já em 2011, o Corinthians estava na quarta posição a esta altura do torneio.
O clube rubro-negro tem até hoje o pior desempenho de um campeão —aproveitamento de 59% dos pontos disputados. Atualmente, o São Paulo tem 66,7%.
Blog com FOLHA DE SÃO PAULO
