Marin indica que vai recorrer de condenação na Justiça dos EUA
   26 de setembro de 2018   │     0:02  │  0

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Condenado por corrupção, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, (foto acima/UOL Esporte), indicou à Justiça norte-americana que irá recorrer da decisão que determina uma pena de quatro anos de prisão e uma multa milionária. Em agosto, a juíza Pamela Chen, da Corte Federal do Brooklyn, condenou Marin a 48 meses de prisão pelos crimes cometidos na época em que foi presidente da CBF de 2012 a 2015.

Marin foi acusado de participar de um esquema de corrupção internacional que resultou no pagamento de US$ 154 milhões (cerca de R$ 623 milhões) em suborno envolvendo torneios como Copa do Brasil, Copa América e Copa Libertadores. Ele já cumpriu 13 meses de detenção na Suíça e nos Estados Unidos e, por ter registrado bom comportamento, sua pena final, na prática, será reduzida para 28 meses de prisão.

Chen determinou também multa total de US$ 1,2 milhão (R$ 4,8 milhões), que será paga em seis parcelas, sendo a primeira seis meses depois de 20 de novembro deste ano, quando será publicada a sentença. José Maria Marin também será confiscado em US$ 3,35 milhões por ter participado do esquema de propinas que teria conspirado ao seu favor o recebimento de US$ 10 milhões.

Os advogados indicaram que vão recorrer da decisão da corte de Nova York. A estratégia de defesa é recorrer à Corte de Apelação e, ao mesmo tempo, pedir que Marin aguarde a decisão em prisão domiciliar, valendo-se do fato de possuir um apartamento em Nova York e de ter demonstrado, entre 2015 e 2017, que não existiria risco de fuga. Assim, o objetivo é prolongar ao máximo uma decisão final, garantindo ao brasileiro mais tempo em sua própria residência.

Na semana passada, Marin pediu que a Justiça americana permita o desbloqueio de milhões de dólares para que o ex-cartola possa pagar seus advogados e, assim, financiar seu recurso nos tribunais dos EUA.

Em novembro de 2015, quando Marin foi extraditado da Suíça para os EUA, a corte de Nova York o permitiu aguardar sua sentença em liberdade, com a condição de que depositasse uma fiança de US$ 15 milhões. Desse total, US$ 2 milhões viriam de garantias bancárias e mais US$ 1 milhão em espécie.

A promotoria americana estima, porém, que a fortuna de Marin seria bem maior do valor que ele tem bloqueado. “Marin tem uma fortuna individual de mais de US$ 14 milhões e não está em questão se ele tem a capacidade de pagar a multa”, disse a promotoria, antes mesmo de sua condenação.

Blog com Jornal do Brasil