Preferência nacional, caipirinha foi produto com maior taxa de impostos na Copa
   13 de julho de 2018   │     0:01  │  0

 

A caipirinha, preferência nacional nos bares e estabelecimentos comerciais, também aparece no topo da lista dos produtos com maior tributação no país. Um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que cerca de 76% do valor da bebida tipicamente brasileira é destinado ao pagamento de impostos durante a Copa do Mundo. Os fogos de artifício, com 61%, está em segundo lugar na lista. A cerveja aparece no terceiro posto, com 55%.

Mas nem o preço salgado somado à eliminação precoce da seleção brasileira no Mundial é capaz de deixar um gosto amargo para os consumidores. No Rio, um dos principais pontos de venda da caipirinha é a Lapa, uma das regiões mais boêmias da cidade. A variação de preço é entre R$ 5 e R$ 18. “A gente costuma comprar caipirinha sempre na mesma barraquinha. Poderia ser mais barato”, diz Ana Beatriz, que estava acompanhada de um grupo de amigos enquanto assistia ao jogo entre Brasil e Bélgica, na semana passada.

Em 2003, o decreto de Lei 4.851 garantiu a propriedade intelectual da caipirinha e da cachaça. Segundo historiadores, a bebida foi criada como receita popular feita com limão, alho e mel, para doentes da gripe espanhola. A cachaça, que era usada em remédios caseiros, substituiu o alho e o mel. Depois, acrescentaram açúcar e gelo.

A LISTA DO IMPOSTÔMETRO

Na relação dos itens com as maiores cargas tributárias durante a Copa do Mundo publicada pela ACSP, aparecem outros 14 produtos. Em 4º lugar, está a bola de futebol (48%), seguido por refrigerante (46%), buzina (45%) e televisor (44%). Em 8º lugar, ficou o álbum de figurinhas da Copa, com 43% de impostos embutidos no preço final. Em seguida, o salgadinho, com 37%. Nem a bandeira do Brasil ficou fora da lista, com carga tributária de 36%, empatada com chuteira e tinta. Pipoca, camisa da seleção, balão de festa e corneta ficam com 34%. A carne aparece em último, com carga tributária de 29%.

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