Uruguaios apostam em refúgio e conjunto forte para superar ausência de Cavani contra a França
   6 de julho de 2018   │     0:03  │  0

Uruguaios fizeram refúgio na RússiaUruguaios fizeram refúgio na Rússia (Foto: Diogo Dantas)

O Uruguai está em casa em Nizhny Novgorod, e aposta na fortaleza que criou na cidade que serve de Centro de Treinamento para a Copa do Mundo, e simboliza bem um time sólido e seguro na defesa, com apenas um gol sofrido. Elenco e estrutura são os trunfos para compensar a ausência de Cavani. O atacante é considerado desfalque certo contra a França, logo mais às 11 horas, pelas quartas de final, já que ainda não foi a campo por conta do edema na panturrilha direita, lesão sofrida contra Portugal.

Ontem, a equipe de Oscar Tabarez treinou mais uma vez no Centro Esportivo Borsky, que fica à beira de uma rodovia e é afastado do centro da cidade. Nizhny, porém, recebe centenas de uruguaios na Fan Fest e na rua principal próxima, a Bolshaya Pokrovskaya. Lá, o otimismo era enorme mesmo com a notícia que Cavani, com muita sorte, estará no máximo no banco de reservas.

– O Uruguai é uma equipe. Se um não joga, não tem problema, somos fortes mesmo assim. Não é como o Brasil, que se não tem Neymar acabou – provocou Francisco Larriera, que junto a um grupo de uruguaios marcou território com uma bandeira do país e já previu a vitória sobre a França para encarar os brasileiros na semifinal.

– Vamos ganhar de 1 a 0 e pegar o Brasil, que sempre tremem contra a gente – insistiu o uruguaio, confiante assim como seus amigos no substituto de Cavani, o atacante Stuani, segundo eles detentor da mesma raça do camisa 21 e do artilheiro Suárez.

A empolgação devido a alta dose de bebida não refletia exatamente o clima no Centro de Treinamento e na imprensa local. Embora o treino tenha sido fechado nesta quinta-feira, Cavani seguiu em repouso e há pessimismo. Um jornalista da ESPN do Uruguai que gravava na rua principal disse que em seu país a perda já é dada como certa e demonstrou preocupação para uma eventual semifinal. Hoje, novamente no Centro de Treinamento, Cavani terá chance de ir a campo, o que é improvável. O time não treinará no estádio do jogo, onde atuará pela primeira vez no Mundial.

Apesar disso, o Uruguai fez da cidade seu quartel. O Centro Esportivo Borsky, curiosamente, tem as cores do Brasil, verde e amarelo. Para chegar lá, é preciso ir de carro. Não há movimentação de torcida perto. Apenas parentes têm acesso ao local, credenciados. Mesmo em dias de treinamento, saem e voltam para o confinamento perto os jogadores. Mantendo o foco do Uruguai intacto. Os dois campos utilizados são cercados por grades da Fifa e não há qualquer badalação nos quilômetros ao redor. Como em campo, o trabalho em silêncio é a receita da Celeste para ir longe na Copa da Rússia. Mesmo sem um de seus principais jogadores.

Blog com EXTRA