Ele vai: Gianluca Rocchi, o representante italiano na Rússia
   26 de maio de 2018   │     0:01  │  0

Aos 43 anos, Rocchi fará sua estreia em Copas do MundoAos 43 anos o árbitro italiano Gianluca Rocchi fará sua estreia em Copas do Mundo (Foto: Jens Wolf / CTR)

A seleção italiana não se classificou para a Copa do Mundo, por isso, pela primeira vez em 60 anos, o principal representante do futebol tetracampeão mundial não estar em campo para fazer gols, mas para usar o apito. O árbitro Gianluca Rocchi foi um dos 36 juízes selecionados pela FIFA para comandar os 64 jogos que vão acontecer na Rússia.

Além dos árbitros principais, o brasileiro Sandro Meira Ricci está na lista, outros 63 assistentes foram escolhidos e poderão ser escalados como assistentes ou quarto árbitro. Em seminário realizado em abril, em Florença, cidade natal de Gianluca Rocchi, a FIFA selecionou mais 13 juízes para trabalharem exclusivamente com vídeo. Eles estarão em todas as partidas, ajudando o colega que estiver no campo a partir de uma sala de operações que ficará em Moscou.

Aos 43 anos, Rocchi vai aparecer pela primeira vez em uma Copa do Mundo. Recentemente, apitou o jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões deste ano, entre Real Madrid e o Paris Saint-Germain, de Neymar. Em lance curioso, o brasileiro acabou acertando o rosto de Rocchi ao tentar um lançamento. O juiz parou o jogo e recebeu atendimento, antes de dar prosseguimento a partida poucos minutos depois. Ao fim do jogo, franceses, que perderam por 3 a 1, reclamaram de um pênalti não marcado, em lance que uma bola chutada por Rabiot bateu no braço de Sérgio Ramos.

Rocchi resolveu assumir o apito aos quinze anos.

—Eu gostava de jogar, mas não era muito bom. A decisão de mudar veio porque queria continuar envolvido com futebol— relembrou Rocchi, em entrevista ao site oficial da UEFA, antes de apitar a decisão da Super Copa da entidade, entre Real Madrid e Manchester United, em 2017.

A Itália é o segundo país que mais colocou árbitros em finais de Copa do Mundo, com três —incluindo Pierluigi Collina, na final entre Brasil e Alemanha em 2002—, um atrás da Inglaterra, que não teve nenhum juiz selecionado para o mundial da Rússia. O que não acontecia desde 1938.

Portanto, Se Gianluca Rocchi estiver apitando no Estádio Luzhniki, no dia 15/07, na final em Moscou, ele coloca a Itália no topo da lista dos países com mais juízes em decisões. Como o árbitro escolhido para o jogo não pode ser da mesma nacionalidade das seleções que estarão em campo, Rocchi já tem uma leve vantagem sobre seus companheiros graças à ausência da Itália.

Blog com EXTRA