Argentina tenta acabar com jejum de 25 anos sem títulos
   24 de maio de 2018   │     0:03  │  0

Os jogadores Nicolás Tagliafico, Manuel Lanzini, Eduardo Salvio e Javier Mascherano correm em treino da Argentina para a Copa do MundoOs jogadores Nicolás Tagliafico, Manuel Lanzini, Eduardo Salvio e Javier Mascherano correm em treino da Argentina para a Copa do Mundo (Foto: Martín Zabala)

Se tudo correr bem para o técnico Jorge Sampaoli, em 4 de julho a seleção argentina estará se preparando para jogar as quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Será neste dia que o país vai completar 25 anos sem um título da seleção principal.

O treinador anuncia os 23 jogadores que formarão o grupo que tentará acabar com o jejum.

A última conquista foi a Copa América de 1993, quando venceu o México por 2 a 1, no Equador. Os dois gols foram de Gabriel Batistuta. O camisa 10 daquela seleção era Diego Simeone, hoje técnico do Atlético de Madri (ESP).

“É difícil explicar isso para o torcedor, não é? Uma seleção como a da Argentina ficar 25 anos sem ganhar títulos… É complicado”, afirma para a Folha o goleiro Sergio Goycoechea, que levou o time em 1993 à decisão com defesas nas disputas de pênaltis contra Brasil nas quartas de final e Colômbia na semifinal.

Não havia qualquer indicação na época de que um jejum de duas décadas e meia estava prestes a começar. Era o segundo título da Copa América consecutivo da Argentina, que já havia sido campeã em 1991. Havia chegado às duas decisões de Mundial anteriores e vencido em 1986.

“Aquela [seleção de 1993] não era uma equipe que sentiria a pressão de decidir um torneio. Coco [o técnico Alfio Basile] montou um time de jogadores experientes, acostumados a vencer. Vencer é um hábito no futebol. Você precisa se acostumar a isso”, afirma Gabriel Batistuta, segundo maior artilheiro da história da seleção (56 gols), atrás apenas de Messi.

São 25 anos em que a Argentina foi vítima de seleções mais preparadas (Alemanha na Copa de 2010, por exemplo), de nervosismo (Uruguai na Copa América de 2011), azar (a bola na trave de Batistuta contra a Holanda, nas quartas de final do Mundial de 1998) e até do modo de se comportar de seus vários treinadores no período.

Daniel Passarella não levou Fernando Redondo, o maior volante de sua geração, para a França em 1998 porque o jogador se recusou a se enquadrar no modelo estético determinado pelo treinador. Passarella não convocava ninguém que tivesse cabelo comprido.

Blog com FOLHA DE SÃO PAULO