O técnico russo Stanislav Cherchesov, (foto acima), descartou o risco de incidentes de racismo e violência de torcedores durante a Copa do Mundo (14 de junho-15 de julho), apesar de um novo escândalo por gritos racistas no futebol do país.
O Spartak Moscou, atual campeão russo, foi punido na última quarta-feira pelos cantos racistas de seus torcedores contra o goleiro brasileiro do Lokomotiv, Guilherme Marinato.
“Não acredito que tenhamos um problema de racismo a um nível que tenha que ser combatido”, declarou Cherchesov à TV Globo.
“Hooligans? Eu não vi casos sérios”, completou.
A menos de 100 dias para o início da Copa do Mundo, os organizadores do evento e a Fifa vigiam com rigor estes assuntos no país anfitrião.
A organização de luta contra as descriminações FARE contabilizou 89 incidentes relacionados com racismo no Campeonato Russo na temporada 2016-17.
O último caso foi os cantos racistas da torcida do Spartak contra o goleiro do Lokomotiv, que resultaram num “último aviso” da federação russa ao clube de Moscou.
“Estudamos o áudio e o vídeo, escutamos 50 minutos de cantos”, declarou o presidente do comitê de punição, Artur Grigoryants.
Hooligans ligados ao Spartak também deram o que falar na semana passada, quando protagonizaram cenas de selvageria em Bilbau, na Espanha, onde o clube enfrentou o Athletic pela Liga Europa.
Para Cherchesov, sempre “há casos isolados e, como em outros países, esta gente é punida”.
O técnico lembrou que a Rússia organizou sem incidentes a Copa das Confederações em junho do ano passado e acredita que tudo correrá bem durante a Copa do Mundo.