EL PAÍS: Flamengo é o clube mais rico do Brasil
   6 de março de 2018   │     20:59  │  4

Flamengo mais rico do Brasil

Diego e Henrique Dourado, duas das principais contratações do Flamengo nos últimos anos. (Foto: Carl de Souza AFP)

Sob nova direção o clube mais popular do BrasiL recuperou finanças com estratégia de explorar receitas da torcida. Através de uma gestão que prioriza a recuperação financeira do clube, o trabalho foi iniciado com a eleição de Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo desde 2013.

Em 2012, último ano de administração da presidente Patrícia Amorim, o clube tinha um déficit financeiro na casa dos 20 milhões de reais e, segundo o atual mandatário, sofria com falta de credibilidade. Ele herdou uma dívida de quase 800 milhões de reais – naquela época, a maior entre os clubes brasileiros. “Foi melhorando ano a ano”, conta o dirigente.

No ano passado, em contas recém-fechadas, o dirigente Pracownik calcula que a receita tenha chegado aos 650 milhões e, o superávit, aos 145 milhões. “Pensando no futebol brasileiro, não tem comparação. O Flamengo conseguiu algo absolutamente acima da média, inclusive de empresas brasileiras”, diz o vice-presidente.

Com as finanças positivas, o Flamengo surge como principal candidato brasileiro a aparecer entre as grandes receitas do futebol mundial. No fim do ano passado, o clube entrou para o top 20 do planeta, mas ainda atrás de equipes como West Ham, Leicester, Southampton e Newcastle.

Na ocasião, Rodrigo Capelo, repórter da revista Época, chamou a atenção ao dizer que o objetivo do Flamengo é se tornar o “Bayern brasileiro” – ou seja, um time soberano no cenário nacional. “Eu não acredito e nem acho desejável; a característica do futebol brasileiro é ser competitivo”, diz Bandeira de Mello. “Mas, se um dia isso acontecer, vai ser o Flamengo”.

É difícil imaginar que o Flamengo pudesse chegar ao posto de clube mais rico do país sem a popularidade nacional e a maior receita proveniente dos direitos de transmissão – fatura 170 milhões de reais por ano da televisão, sem contar os ganhos com pay-per-view.

“[Quando chegamos], a receita de TV era razoável, mas não do patamar que se encontra agora”, ressalta o presidente. Pracownik explica que a menor dependência da televisão só será possível quando o Flamengo tiver um estádio próprio. “Ou a administração do Maracanã”, afirma. “A receita fixa de um estádio é uma meta fundamental do nosso planejamento”.

Planejamento, este, que deve ser mantido nos próximos anos, mesmo com Bandeira de Mello impossibilitado pelo estatuto do clube de concorrer pela terceira vez seguida nas eleições. “Acho que vai ser uma transição tranquila. Tenho certeza que o próximo presidente vai seguir a mesma linha de responsabilidade financeira.”

Blog com EL PAÍS

 

COMENTÁRIOS
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    1. Arivaldo Maia Post author

      A matéria é reprodução do jornal El País. Qual é o problema? Grato pelo acesso. Arivaldo Maia.

  1. Neto

    Falta transferir essa riqueza toda para o campo de jogo. O time é um soninho só. Joga em câmera lenta.

  2. Walney

    O mais destoante disso é que o time mais popular do país não tem casa própria. De que adianta tanta receita se não há investimento a longo prazo para o clube? O pay per view não vai durar eternamente, o streaming está chegando com tudo. A Caixa não vai dinheiro a clubes de futebol eternamente.

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