Após tropeço, Flamengo tenta exorcizar antigos fantasmas
   3 de março de 2018   │     0:04  │  0

 

Falha de Diego contra o River Plate faz galera conjugar o verbo 'muralhar'

Falha de Diego contra o River Plate faz galera conjugar o verbo ‘muralhar’ – (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

O abatimento dos jogadores após o empate em 2 a 2 com o River Plate mostra que a pressão precoce abalou o grupo do Flamengo. A atuação de Diego Alves, principal alvo do bombardeio de críticas, trouxe de volta o fantasma que parecia ter sido afugentado com a saída de Alex Muralha. O passado de eliminações da fase de grupos da competição aterroriza a torcida. Sem ter para onde correr, a ordem é espantar qualquer assombração e reagir ao susto da última quarta-feira contra o Emelec, no próximo dia 14, fora de casa.

A falta de ritmo traiu Diego Alves no gol de empate dos argentinos. A atuação do goleiro, porém, nem de longe foi encarada como algo sobrenatural. Os três meses de inatividade do jogador justificam, na avaliação interna, a falha que fez a torcida, nas redes sociais, conjugar um novo verbo: muralhar.

A corneta que toca 24 horas por dia na internet incomoda. Sem ter como exorcizar os espíritos da FlaTwitter, como é tratada internamente a mobilização de torcedores na web, a diretoria tenta blindar o grupo e afasta qualquer possibilidade de caça às bruxas.

As declarações do atacante Lucas Pratto, que afirmou faltar pegada ao time do Flamengo, foram encaradas como provocações que não condizem com a realidade. Por isso, não devem ser usadas como fator motivador nem antes do reencontro com o River, na última rodada da fase de grupos, em 23 de maio.

O espectro dos últimos vexames na competição continental ronda o clube. Mas, apesar de toda cobrança externa e das cutucadas de Pratto, os rubro-negros enxotam qualquer medo e se agarram a uma convicção: futebol é decidido dentro de campo.

Hoje, em duelo válido pela Taça Rio, o Flamengo vai enfrentar o Botafogo como mandante, no Engenhão, às 17 horas.